Consultor adverte sobre cédulas falsificadas
03 de jun de 2016 | Escrito por ACP
Notas circulantes no Brasil estão dotadas de um conjunto de elementos de segurança
O analista e consultor do Banco Central do Brasil (BC), Isaias Bissoto, a convite do Conselho do Comércio Vivo da Associação Comercial do Paraná (ACP), discorreu na sede da ACP, nesta quinta (2) sobre um tema – Conhecendo o seu dinheiro – que é de grande interesse para a maioria dos empresários e, de modo geral, para a extensão da sociedade.
Contudo, contrariando a impressão inicial que muitas pessoas poderiam ter, Isaias não falou sobre o aspecto monetário ou o valor de troca da moeda, nem de sua importância para a manutenção do equilíbrio econômico das gestões públicas e privadas, mas fez ampla abordagem baseada em longa experiência quanto aos aspectos físicos do papel moeda e das várias cédulas que integram o numerário circulante em todo o território nacional.
Formado em engenharia química em 1998 pela UFPR, em estratégia de negócios pela FAE Business School (2000), mestre em engenharia mecânica pela UFPR (2005) e advogado pela Faculdade de Direito Pedro II, de Salvador (Bahia) em 2014, Isaias é consultor do BC desde 2012.
Tendo em vista o interesse dos comerciantes em evitar o máximo possível o recebimento de cédulas falsificadas, o consultor do BC advertiu que “os falsários dão preferência às notas de menor valor — R$ 20 e R$ 50 – porque são mais fáceis de passar adiante, sem despertar a suspeita de quem as está recebendo”.
Mas, chamou a atenção dos ouvintes para algumas características peculiares das cédulas em circulação no Brasil, “nelas presentes desde o lançamento da primeira família de notas do Plano Real”.
Dentre esses aspectos, Isaias se referiu à marca d’água com a efígie da República, a faixa holográfica, a bandeira nacional, as armas nacionais, os desenhos da tartaruga e do mico-leão dourado, além do relevo sobre a efígie da República sobre o qual está grafado o nome Banco Central do Brasil.
Ele explicou que esse conjunto de pormenores varia de nota para nota, mas “representam os elementos de segurança do dinheiro que os brasileiros levam na carteira, e que por se tratar de moeda forte acabou atraindo a atenção dos falsificadores”.
O consultor revelou que o papel fornecido à Casa da Moeda, onde nosso dinheiro é impresso, é procedente “de uma indústria de alta precisão localizada no interior do estado de São Paulo, saindo das máquinas numa combinação de fibras de algodão e linho com todos os requisitos de segurança”. Informou também que a Casa da Moeda sediada no Rio de Janeiro, “imprime também as cédulas e moedas usadas em vários países da América do Sul e da África, que definem as características das mesmas de acordo com suas conveniências”.
Isaias Vissoto advertiu os comerciantes que duvidarem da autenticidade de uma cédula ao receberem o pagamento de alguma mercadoria, a não afirmarem no ato que a nota é falsa, se limitando a não recebê-la. Se por acaso a nota falsa for recebida inadvertidamente, o comerciante deverá procurar imediatamente a rede bancária que lhe dará um recibo da posse da respectiva importância. O comerciante lesado terá direito à restituição de uma nota autêntica.
Ele revelou também que “as únicas pessoas habilitadas a identificar uma nota falsificada são as autoridades policiais e os especialistas do Banco Central”.
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