Wilson Pollara palestra sobre saúde nas empresas
11 de out de 2018 | Escrito por ACP
O médico Wilson Modesto Pollara, Ex-Secretário Municipal de Saúde de São Paulo e ocupante de diversos outros cargos na administração pública e privada do país, veio até a Associação Comercial do Paraná (ACP) para proferir sua palestra intitulada “A saúde da sua empresa tem cura”, a convite do Conselho de Saúde da casa e da Associação Brasileira de Planos de Saúde, a Abramge.
Procurando sanar a dúvida que paira sobre o sistema único de saúde, sobre sua sustentabilidade e funcionalidade, Wilson foi enfático. “Essa palestra é resultado de um compilado de ideias vindas das minhas experiências no público e no privado, pois eu ousei enxergar o SUS como se fosse um organismo privado, e de fato, o SUS é o melhor programa de saúde do mundo. Só que ele precisa de alguns ajustes, precisa ser controlado, pois ele é muito solto, muito livre. Hoje o paciente decide para onde ele vai, quando ele vai e só procura quando sente alguma coisa. Não temos uma cultura de saúde preventiva, apenas paliativa, que é muito mais cara. Eu falo para vocês três coisas muito importantes: Não falta dinheiro, não faltam leitos e não faltam médicos”, completou.
De acordo com Pollara, a sinistralidade é um dos principais fatores do alto custo de saúde das empresas, e é um erro pensar que isso está fora do alcance de controle dos administradores. “Tem empresas que aguentam cargas de 20 a 40% de aumento nos planos de saúde dos seus funcionários simplesmente por não terem nem controle da sinistralidade dos próprios colaboradores. Ora, a lógica é a mesma de qualquer outra situação administrativa: quando seu custo de produção aumenta exageradamente, você sabe o que fazer. Você procura seus fornecedores para ver o que está acontecendo, reestuda os custos operacionais, recursos humanos… Mas como eu posso controlar e o que eu posso fazer para a saúde dos meus funcionários é a grande questão. Cidadão está em casa, de repente ele pega o filho pelo braço e leva no pronto socorro, e é o empresário que paga a conta?”, questiona o médico.
Como solução, Pollara apontou o mapeamento de riscos como saída. “O problema é como reduzir a utilização do plano de saúde da empresa, ao mesmo tempo em que melhoro a saúde dos meus colaboradores. O primeiro passo para isso é ter informações precisas da população que está sob sua responsabilidade. As doenças presentes, tanto as agudas quanto as crônicas, além dos fatores de risco, devem ser identificadas, pois as doenças precisam ser tratadas antes delas acontecerem”, completou.
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