ACP promove homenagem à nova diretoria do TRT-PR
02 de mar de 2018 | Escrito por ACP
A Associação Comercial do Paraná (ACP) e seu Conselho de Relações Trabalhistas, representados pelo presidente Gláucio Geara e coordenador Rodrigo Fortunato Goulart, homenagearam com um almoço nessa sexta-feira (2) a nova diretoria do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região formada pelas desembargadoras do Trabalho Marlene Suguimatsu e Nair Lunardelli Ramos, presidente e vice-presidente respectivamente, e o desembargador Sergio Murilo Rodrigues Lemos, corregedor regional que por motivos profissionais não participou de todo o evento.
O presidente Gláucio Geara, na saudação aos novos dirigentes do TRT-PR salientou que “a nova diretoria deverá envidar todo o esforço para dar eficácia às alterações da lei trabalhista recentemente sancionada pelo presidente da República”. Observou, ainda, que a entidade que completa 128 anos em 2018 “sempre se mostrou preocupada com o emprego, tendo em vista que empreendedorismo e emprego não podem percorrer caminhos diferentes”.
Gláucio se referiu a um dos perversos efeitos da crise econômica, que a certa altura se consolidou “na forma do desemprego que tirou do mercado de trabalho mais de 14 milhões de irmãos brasileiros”, reafirmando que o “momento é de enorme expectativa quanto à retomada do crescimento da economia e recuperação dos empregos”.
Na alocução Gláucio acrescentou que “a Justiça do Trabalho, em particular o TRT do Paraná, merecem todo o respeito e a pronta colaboração dos interessados na correta aplicação das leis”, lembrando a posse do novo presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), desembargador Brito Pereira, que pregou a busca da unidade, harmonia e pacificação no âmbito da Justiça do Trabalho, com a obediência estrita ao que diz a Constituição Federal”, asseverando que esse deve ser também o foco do TRT-PR.
Por sua vez o coordenador do Conselho de Relações Trabalhistas, Rodrigo Fortunato Goulart, parabenizou e desejou amplo sucesso à gestão da nova diretoria, referindo-se à segurança jurídica que os interpretes da legislação devem buscar com o objetivo de encontrar as melhores soluções para os conflitos trabalhistas que já começaram a chegar aos tribunais em função das imperfeições da nova legislação.
Antes de ceder a palavra à nova presidente do TRT-PR, desembargadora Marlene Suguimatsu, o presidente da ACP franqueou a palavra a personalidades participantes da homenagem, a saber, Sérgio Rocha Pombo (OAB-PR), Indalécio Gomes Neto (ex-ministro do TST) e José Lúcio Glomb (ex-presidente da OAB-PR), que enalteceram a atuação do tribunal paranaense e também formularam votos de excelentes realizações aos gestores do biênio 2018/2019.
O ex-presidente da OAB-PR, José Lúcio Glomb, presidente do Instituto dos Advogados do Paraná, aproveitou a oportunidade para lembrar que o Paraná sempre esteve representado na instância superior da Justiça do Trabalho, mas atualmente está ausente. Com a existência de duas vagas no TST, o respeitado profissional do Direito do Trabalho lançou a ideia de um movimento organizado por instituições relevantes da sociedade “a fim de reivindicar a indicação de um representante paranaense para uma das vagas abertas no Tribunal Superior do Trabalho”.
A manifestação foi apoiada de imediato pelo presidente da Associação Comercial do Paraná, que fez questão de antecipar a disposição da entidade em participar do movimento.
O evento foi encerrado com o discurso da presidente Marlene Suguimatsu, que acentuou a importância milenar da atividade comercial e sua contribuição para a interação dos povos e sua transformação ao longo da história.
Lembrou também a relevância do momento ao considerá-lo “favorável, oportuno e profícuo”, com base na nova realidade aberta pela reforma que “ao contrário do que possa parecer a alteração da legislação trabalhista nos chama à união, cooperação e solidariedade”, concitando a todos “a desenvolver pelo diálogo e pela negociação ética, o melhor trajeto para as relações de trabalho nesse país”.
Numa comparação feliz e adequada ao contexto das relações do trabalho no Brasil, a presidente do TST concluiu se referindo à peça “O mercador de Veneza”, de Shakespeare, no trecho em que o comerciante Shyllock tenciona cobrar uma promissória vencida, garantida por uma libra da carne do beneficiário do empréstimo. O juiz emitiu a sentença: “Corte a tua libra de carne! Mas a caução não te concede uma só gota de sangue. Se ao cortá-lo, por acaso derramares uma só gota, teus bens e tuas terras todas, pelas leis de Veneza, serão do Estado”.
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