Flávio Calife, economista da Boa Vista SCPC, comenta manutenção da taxa básica de juros
29 de maio de 2014 | Escrito por ACP
ACP é representante exclusiva da Boa Vista no Paraná
O Comitê de Política Monetária (COPOM) optou pela manutenção da taxa básica de juros (SELIC) em um patamar de 11% ao ano. Com isso, suspende-se por ora o ciclo de aperto monetário iniciado em abril de 2013. A medida foi em linha com a expectativa do mercado financeiro, que já previa a manutenção.
Apesar do crescimento constante do valor da inflação na variação acumulada nos últimos 12 meses, que atingiu 6,28% na aferição de abril, três fatores evidenciavam a medida tomada nesta quarta-feira. A primeira delas foi o discurso adotado pelo BC recentemente, que apresentou tom menos austero do que o apresentado na última Ata do COPOM, ressaltando o caráter dos efeitos defasados da política monetária e não concretização do ajuste inflacionário de forma integral. O segundo fator foi a recente valorização do real frente ao dólar, algo que no curto prazo tende a suavizar a pressão dos preços de bens importados (e que na sequência são repassados ao mercado interno, o chamado efeito pass-through). Por fim, o arrefecimento da atividade econômica, tanto interna quanto externa (China em desaceleração, EUA e Zona do Euro com números mais brandos que a expectativa) também tem contribuído recentemente para um menor crescimento inflacionário.
Com esse resultado, a Boa Vista SCPC espera que os juros permaneçam em um patamar próximo ao atual até o fim do ano, mais ainda com possibilidade de pequena elevação após o período eleitoral. Já a inflação em 2014 deverá apresentar resultado próximo ao seu teto, de 6,5%.
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