General Hamilton Mourão, presidente da República em exercício, faz palestra e recebe prêmio na ACP
28 de jun de 2019 | Escrito por ACP
O vice-presidente e presidente da República, general Hamilton Mourão, esteve nesta sexta-feira, dia 28/06, fazendo uma palestra na Associação Comercial do Paraná sobre a conjuntura do Brasil atual para um grupo de convidados. Mourão foi recebido pelo presidente da ACP, Gláucio Geara, além do vice-governador do Paraná, Darci Piana, do vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel, do secretário estadual de Segurança Pública e Administração Penitenciária, coronel Rômulo Marinho, além de outras autoridades. O presidente da República em exercício recebeu o título “Cidadania ACP”, que a entidade confere a personalidades que contribuem para a melhoria de causas, como ética, desenvolvimento econômico e social, entre outros temas.
No discurso de saudação a Mourão, o presidente Gláucio Geara reafirmou o apoio da entidade às reformas estruturais que o governo federal pretende implementar, como a reforma da Previdência e Fiscal, declarou apoio nominal ao procurador Deltan Dalagnol e ao ex-juiz e atual ministro Sérgio Moro, apoio à continuidade das investigações da Operação Lava Jato e do combate à corrupção. Geara citou ainda o ministro da Economia, Paulo Guedes, como “uma pessoa que demonstra sinceridade em seus atos”, disse ele. O presidente da ACP pediu agilidade na realização das reformas, no fim da burocracia e um estado mais eficiente e mais enxuto. “Para voltar a crescer o Brasil necessita de regras estáveis e estímulos ao investidor para criar um clima de confiança que será benéfico à nação”, falou o presidente da ACP.
O general Mourão lembrou-se que esteve em Curitiba e na ACP, há um ano, quando ainda nem era candidato a vice-presidente e apenas presidente do Clube Militar. Sua palestra explorou mais aspectos geopolíticos brasileiros e mundiais e esses primeiros meses do governo de Jair Bolsonaro. “Nunca um governo brasileiro foi tão criticado em seu início como o nosso. O copo, às vezes, está meio cheio ou meio vazio. O nosso está sempre meio vazio”, disse o presidente em exercício. Mourão admitiu que aconteceram algumas picuinhas internas e desnecessárias na gestão Bolsonaro, mas ele atribuiu este comportamento ao noviciado de todos neste início de governo. “Isto já diminuiu muito e vai sumir daqui a pouco”, comentou.
Segundo Mourão, os ataques também vêm de fora, sem conhecimento de causa: “A ONU cita Bolsonaro como o substituto de Átila, o rei dos hunos, no mundo atual. A ONU não consegue resolver os conflitos do mundo e opina sobre a política interna dos países sem conhecê-las”, disse ele. O vice-presidente e presidente em exercício falou sobre os 39kg de cocaína encontrados com um militar da delegação do presidente Bolsonaro que foi ao Japão: “O rapaz estava em dificuldades financeiras e resolveu tentar a via mais fácil. Ele se deu mal. Saibam que 39kg de cocaína rendem R$ 16 milhões na venda da droga”, comentou ele. Sobre o mercado interno, Mourão citou alguns números como a dívida pública brasileira que chegou aos 78% do PIB, que o país está pagando R$ 400 milhões de juros, sem pagar o valor principal da dívida e que o país está no “vermelho” desde 2014. Sobre a Reforma da Previdência, Mourão disse que ela será aprovada, não nos termos que o governo deseja, preservando recursos de R$ 800 bilhões para o futuro, mas que fará com que uma nova discussão sobre o tema aconteça daqui a alguns anos.
Fotos: Gian Galani/ACP
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