Titular da Segurança Pública debate questões do setor
02 de abr de 2015 | Escrito por ACP
Assaltos, roubos, latrocínios e contrabando foram os temas mais citados por empresários
O secretário Fernando Francisquini, da Segurança Pública e Administração Penitenciária esteve na Associação Comercial do Paraná (ACP) nesta quinta-feira (2), atendendo ao convite formulado pelo presidente Antonio Espolador Neto e o vice-presidente Geraldo Luís Gonçalves, coordenador do Conselho Lojista e do Comitê de Segurança da entidade. Participaram também os vice-presidentes Sinval Lobato Machado, Gláucio José Geara, Odone Fortes Martins, Ivo Petris e demais interessados.
O titular da pasta estava acompanhado por assessores diretos, pelo coronel Merino Mariano de Brito, subcomandante do Quartel de Operações da Polícia Militar, Júlio Cesar dos Reis, delegado geral da Polícia Civil, Maritza Haisi, chefe da Divisão Policial da Capital e Valmir Soccio, chefe da Divisão Policial do Interior.
Na oportunidade, Francisquini fez um relato sobre o Paraná Seguro, conjunto de medidas que resume a política pública do governo estadual para a área da segurança e administração penitenciária, incorporada à secretaria no início do segundo mandato do governador Beto Richa.
Assaltos e roubos
Após a exposição o secretário respondeu às colocações, comentários e perguntas dos presidentes e representantes das entidades que compõem o G 7 presentes ao encontro, pela ordem, Darci Piana (Fecomércio), Élio Bampi (Fiep), João Biscaia (Faep) e Nelson Costa (Ocepar), bem como dos vice-presidentes da ACP, Gláucio José Geara e Odone Fortes Martins.
Os temas mais citados pelos empresários foram a contumácia de assaltos, latrocínios, explosões de caixas eletrônicos, tráfico de drogas e contrabando, entre outros ilícitos. Os representantes da Faep e Ocepar alertaram para o reaparecimento do contrabando de agrotóxicos, roubo de tratores e caminhões e mesmo de produtos agrícolas armazenados nas fazendas.
O diretor da Faep, João Biscaia, lembrou que uma propriedade rural na região de Santo Antônio da Platina, teve a produção de café roubada ainda nos cafeeiros, por um grupo de pessoas transportadas num ônibus durante a madrugada.
Diálogo permanente
O secretário admitiu a necessidade de diálogo permanente entre empresários e autoridades policiais para a melhoria dos serviços prestados pelo Estado, afirmando estar aberto à troca de informações “para facilitar a adoção de um modelo conjunto mais eficiente para todos”. Na questão dos caixas eletrônicos, o secretário revelou que com exceção dos caixas 24 horas, os que oferecem maior resistência na estrutura, “os demais são destruídos com apenas 100 gramas de material explosivo”.
Informou, ainda, que em 2014 a polícia registrou 300 explosões de caixas eletrônicos, “dos quais 98% não contavam com um mínimo dispositivo de segurança eletrônica”. Nesse contexto lembrou a CPI instalada na Assembléia Legislativa com a finalidade de investigar a situação, com o primeiro requerimento aprovado para a oitiva de representantes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
O presidente Antonio Espolador Neto encerrou o encontro, seguido de almoço, reafirmando a disposição da entidade na manutenção do diálogo produtivo com as autoridades constituídas, “muitas vezes criticadas pelos empresários, mas também elogiadas quando é de justiça”.
Francisquini reconheceu as dificuldades enfrentadas pela pasta em função da escassez de recursos, que se “refletem na manutenção das viaturas, na demora para o atendimento de ocorrências e, nos últimos três meses com o atendimento dos 28 mil reclusos do sistema penitenciário.”
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