Conselho Lojista da ACP apresenta proposta para segurança pública
03 de dez de 2014 | Escrito por ACP
Autoridades estaduais receberam documento contendo medidas sugeridas pelo setor produtivo
O secretário estadual da Segurança Pública, Leon Grupenmacher, em evento realizado na sede da Associação Comercial do Paraná nesta terça-feira (2), recebeu do presidente Antonio Miguel Espolador Neto, do vice-presidente Geraldo Luís Gonçalves, coordenador do Conselho Lojista, e do vice-presidente Camilo Turmina, coordenador do Comércio Vivo, uma proposta de planejamento estratégico para a segurança pública no território estadual.
Participaram do encontro o procurador geral de Justiça, Gilberto Giacoia, o comandante geral da Polícia Militar, coronel César Vinicius Kogut, o delegado geral da Polícia Civil, Riad Farah e a promotora Cristina Ruaro, do Ministério Público Estadual, além de outras autoridades do setor.
O secretário destacou a importância do interesse participativo da Associação Comercial do Paraná, “na condição de representante da sociedade nesse momento histórico que o Paraná vive, quando os poderes constituídos se unem às entidades privadas para encontrar respostas apropriadas ao grave problema da segurança”.
Grupenmacher frisou que as metas traçadas para 2014 foram atingidas, sendo que “a aplicação de recursos, até o mês de outubro, foi totalmente auditada pelo Tribunal de Contas, em fato inédito no Paraná”, acrescentando que “as portas estão abertas para o diálogo porque há muita coisa a ser feita”, e a seu juízo “segurança não se faz sozinho”.
Reincidência e punição
Citando que apenas 3% dos crimes cometidos no Brasil são punidos, o secretário paranaense recentemente escolhido para presidir nos próximos dois anos a entidade que congrega os demais secretários estaduais do setor, lembrou que os crimes de homicídio e tráfico de drogas são os que registram “os maiores índices de reincidência”. A mudança do quadro, segundo ele, está “na reforma do atual sistema de penalização, tendo em vista que o sentimento de impunidade precisa acabar imediatamente”.
O procurador Gilberto Giacoia asseverou que “a espiral de violência oprime a todos e não é um fenômeno isolado” e precisa ser combatida com rigor. Lembrou também a gravidade da “corrupção entranhada na cultura do país desde Pedro Álvares Cabral”, fato reconhecido já pelo padre Antonio Vieira nos séculos 16 e 17.
“A violência diária deve ser combatida pela organização da sociedade de forma sistematizada, em gestão integrada com as autoridades”, sustentou, elogiando a manifestação da Associação Comercial do Paraná. “O povo brasileiro é correto e merece ser feliz”, concluiu.
Plano de segurança
O protocolo entregue ao secretário da Segurança Pública, entre outras questões, aponta para os prejuízos patrimoniais resultantes da ação criminosa, como uma espécie de punição adicional aos empresários e investidores. Até outubro desse ano, o levantamento indica a perda de cerca de R$ 4 milhões distribuídos em 384 registros formais de ocorrências.
O posicionamento tático policial em locais caracterizados pela presença de centros comerciais e grande movimentação de pessoas, segundo o documento, é vital para coibir o número de assaltos, roubos e agressões. Também é citada a necessidade de delegacias com atendimento nas 24 horas do dia, além do reforço das técnicas que facilitam a apuração de pistas e identificação rápida dos infratores.
A proposta da ACP ratifica também a necessidade do desenvolvimento de programas de ressocialização, a criação de penitenciárias agrícolas ou fábricas para a produção de insumos destinados às escolas públicas e famílias carentes.
Responsável pela elaboração do protocolo, o vice-presidente Geraldo Luís Gonçalves, coordenador do Conselho Lojista, enfatizou que “a parceria com o Estado e municípios tem o objetivo de participar diretamente da construção de uma sociedade mais justa e igualitária”.
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