Paraná precisa recuperar identidade, afirmou Domakoski
06 de out de 2015 | Escrito por ACP
Novo presidente do Pró-Paraná assume com discurso afirmativo
“Ao fundar o Movimento Pró-Paraná o jornalista e empresário Francisco Cunha Pereira Filho – um homem com capacidade de ouvir com atenção e agir com serenidade – deu voz a uma insatisfação permanente de todas as lideranças locais: o quinto Estado da Federação, com uma economia sólida, maior produtor nacional de alimentos, uma sociedade de 11 milhões de habitantes, e capaz de fornecer lições fundamentais de geração de riquezas ao Brasil, se ressentia do parco conhecimento e até da indiferença de Brasília em relação aos seus pleitos”.
Foi com esse tom afirmativo, mas com elegância e urbanidade que o engenheiro e empresário Marcos Domakoski fez seu discurso de posse na presidência do Movimento Pró-Paraná, em solenidade na sede da Associação Comercial do Paraná nessa segunda-feira (5), entidade que também presidiu há alguns anos.
Domakoski disse também que “o Movimento Pró-Paraná uniu as entidades mais representativas das áreas da indústria, comércio, agricultura e serviços”, além de “grandes empresas como Itaipu Binacional, cooperativas, OAB e representantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário”.
Ele se referiu ainda a diversas vitórias no plano federativo, “entre elas a conquista dos royalties de Itaipu e de outros aproveitamentos energéticos”, salientando “a mais recente bandeira apoiada pelo Pró-Paraná: a indicação do jurista Luiz Edson Fachin para ministro do Supremo Tribunal Federal”.
Mar territorial
O presidente fez questão de citar os desafios como a instalação do Tribunal Federal Regional em Curitiba e o reconhecimento dos verdadeiros limites de nosso mar territorial, sublinhando a reivindicação paranaense “ao usufruto dos direitos do pré-sal e outras riquezas marinhas”, lembrando também a nova ferrovia entre a região de Guarapuava e o Litoral.
Domakoski também falou da complexidade do momento vivido pelo país, acentuando que “carregamos nas costas boa parte da produção da riqueza nacional, mas não estamos imunes à crise econômica que assola o país. Formamos uma mão de obra qualificada, mas registramos taxas consideráveis de desemprego. Temos crédito para construirmos grandes obras, mas sofremos as consequências de um governo federal em crise de credibilidade. Somos parte do Brasil, enfim”.
Sobre a repercussão da Operação Lava Jato, ele pontuou “a maior transformação da história brasileira, onde um grupo de procuradores da República, liderados por um juiz nascido em Maringá, passa a limpo as relações nem sempre republicanas entre o capital nacional – construído à base de laços, e os poderes Executivo e Legislativo sediados em Brasília”.
Cerrar fileiras
Aludindo ao trabalho realizado pelos procuradores, delegados e agentes da Polícia Federal, Domakoski concitou os presentes a “cerrar fileiras para defender a atuação do juiz Sergio Moro e sua equipe” e, mais que isso, exaltar o “exemplo que o Paraná dá ao Brasil, na busca de uma sociedade transparente, mais preocupada com a gestão pública competente e com o valor do mérito, ao invés do jeitinho cartorial que tanto prejuízo causou ao longo da nossa história”.
“Assumo o Movimento Pró-Paraná pensando no caminho que devemos trilhar daqui pra frente, e concluo que a mais ampla demanda é também o maior desafio: precisamos de um projeto para o Paraná do futuro, o que queremos e, principalmente, o que seremos”, revelou.
O Paraná precisa recuperar sua identidade cultural, econômica e social, enfatizou Domakoski: “Identidade essa que buscaremos reforçar através do plano de trabalho de nossa gestão, que contemplará como uma das prioridades a integração das macrorregiões componentes do território paranaense, culminada com uma ação federativa de escala”.
Na conclusão da fala, o novo presidente do Pró-Paraná reforçou que “o compromisso assumido hoje é o de buscar respostas para a pergunta essencial: que Paraná vamos deixar para nossos filhos e netos? E essa pergunta, deixo-a com todos os presentes”.
Jonel cita poetas ao transmitir presidência do Pró-Paraná
Ao se despedir da presidência do Movimento Pró-Paraná na última segunda-feira (5), no evento em que transmitiu o cargo do qual já estava licenciado, o empresário Jonel Chede citou em seu discurso versos dos poetas paranaenses Emiliano Perneta (Ver a estrela da fé brilhar no caminho) e Helena Kolody (Precisa-se fugir do mundo vil, que é tão vil que, sem cansaço, engana e menospreza, e zomba e calunia), augurando que “essas mesmas luzes” iluminem o sucessor Marcos Domakoski e seus companheiros de jornada.
Arrematando a circunstanciada prestação de contas das atividades desenvolvidas na presidência do Pró-Paraná entre os anos de 2013 e 2015, Jonel revelou ter dedicado 40 anos “dos meus quase 80 anos de vida” a um labor exercido “com felicidade em retribuição ao que a sociedade me proporcionou”.
Finalizando, confessou que “cabe-me de ora em diante dedicar maior atenção a minha família que, compreensiva sempre me incentivou, apesar das tolhidas horas da minha necessária presença familiar, e nos negócios, principalmente quando difíceis, em muitos momentos”.
Ao agradecer o apoio dos colaboradores e entidades mantenedoras do Movimento Pró-Paraná, entre elas a Associação Comercial do Paraná que também presidiu, o empresário ratificou ter trabalhado sempre de acordo com o “escopo de tornar o paranismo tão altaneiro, como se formam as copas de nossas araucárias, árvore símbolo. Melhorar nossa autoestima, manter nossa verdadeira identidade, refugar nossa autofagia”.
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