Atrás de investimentos, Paraguai simplifica legislação
06 de maio de 2011 | Escrito por ACP
Na luta para acabar de vez com o estigma do “país das falsificações”, o Paraguai adotou uma série de medidas para atrair investimentos e dar prosseguimento à expansão de sua economia, que, em 2010, cresceu 15,3%, puxada principalmente pelo agronegócio, comércio exterior e construção, segundo dados do Banco Central paraguaio, divulgados no final de março. O grande diferencial competitivo é a Lei de Maquila, de 2001, que garante às empresas do exterior que se instalarem no país, com vistas à produção de bens para exportação, o pagamento de apenas 1% de imposto sobre o faturamento bruto.
“O Paraguai é um país que tem se esforçado para fomentar o setor industrial. Para tanto, busca atrair investimentos, principalmente de brasileiros, com estímulos e desburocratização”, avaliou o presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Edson José Ramon. Para ele, que liderou uma missão empresarial de 40 empresários àquele país, entre os dias 04 e 07 de maio, há boas oportunidades de investimento nos setores de confecções, calçados e cosméticos, por exemplo.
Já há grandes investimentos brasileiros no país vizinho, como o Itaú, que está entre os maiores bancos em solo paraguaio e, em cerca de dois anos, a Camargo Corrêa e a Votorantim, em uma joint venture com um grupo local, começam a produzir cimento no Paraguai. A Globoaves, de Cascavel, está negociando a instalação de uma plataforma para abater 300 mil frangos, dobrando a produção atual do país.
Durante recepção à comitiva de empresários, na quarta-feira (4), na Embaixada do Brasil, em Assunção, o embaixador Eduardo dos Santos ressaltou que o momento da visita era oportuno para investimentos naquele país. “Trata-se de um momento importante para o empresariado brasileiro voltar os olhos para as potencialidades do Paraguai. O setor privado tem um papel relevante no aprofundamento dos laços entre os dois países e o momento é especialmente positivo para uma maior parceria do setor privado”, afirmou o embaixador.
Antoninho Caron, coordenador do Conselho de Cooperação Brasil e Assuntos do Mercosul do Conselho de Comércio Exterior e Relações Internacionais (Concex-RI) da ACP, lembrou que o ambiente de negócios no Paraguai é altamente favorável para as empresas brasileiras, pois há menos burocracia, menos impostos e fartura na oferta de energia. “O empresário brasileiro pode aproveitar estas facilidades para produzir no Paraguai e exportar para todo o Mercosul”, avaliou.
A “Missão de Cooperação Empresarial Brasil-Paraguai – 2011” foi articulada pelo Concex-RI da ACP para ampliar ainda mais os conhecimentos sobre a legislação do país vizinho, com vistas a formar parcerias para investimentos em mercados de interesse comum, dentro dos preceitos do Mercosul.
Galeria de Imagens
Confira a nossa galeria exclusiva de eventos e datas importantes para a ACP.