Casem discute logística reversa
15 de abr de 2013 | Escrito por ACP
Técnicos e comunidade trocam informações sobre coleta residual, reciclagem e meio ambiente
Um grupo de técnicos de entidades públicas e operadores de organizações não governamentais e da iniciativa privada participou na sexta-feira passada (12), de um encontro promovido pelo Conselho de Ação para a Sustentabilidade Empresarial (Casem), na Associação Comercial do Paraná (ACP), para discutir aspectos da gestão de resíduos sólidos de acordo com normas previstas pela chamada logística reversa contida na Lei 12.305/10. A reunião foi coordenada pelo conselheiro Juvenal Correia Filho, integrante da Rede de Valor, que há quatro anos desenvolve ações específicas na Cidade Industrial de Curitiba (CIC).
Segundo a legislação, logística reversa é o processo de retirada de produtos novos ou usados de seus pontos iniciais na cadeia de suprimentos quando há excedentes ou devolução por parte dos clientes. A retirada é feita seguindo normas de gerenciamento dos materiais, em meio de transporte adequado e em segurança, cuja operação é da responsabilidade das empresas que manufaturam os produtos.
A logística reversa se completa com a obrigatoriedade dos fabricantes de dar tratamento apropriado aos produtos retirados dos pontos de comercialização, especialmente com vistas à manutenção da integridade do meio ambiente.
Levantamento da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA), que introduziu a coleta de lixo tóxico em Curitiba em 1998, mostrou que os produtos que mais aparecem na coleta residual são medicamentos, embalagens em geral, óleos lubrificantes, eletroeletrônicos e lâmpadas fosforescentes.
Projeto pioneiro
Segundo a engenheira química Josiane Koch, gerente de coleta e destinação de resíduos da SMMA, “o projeto de Curitiba é praticamente pioneiro no País, tendo em vista a importância atribuída pela municipalidade à coleta de resíduos e sua destinação final”. Ela enfatizou que o projeto “está subordinado ao interesse da sociedade em construir caminhos numa área em que não há respostas prontas”.
A servidora municipal informou também que o setor trabalha com programas educativos, citando o exemplo da separação do lixo e pontos receptivos em terminais de ônibus com a alocação de caminhões para a coleta de resíduos tóxicos. Josiane explicou que nos 24 terminais, um dia por mês, o caminhão de coleta fica à disposição dos moradores para o recolhimento de produtos vencidos ou obsoletos, verificando-se elevado percentual de participação por parte da população da área atendida.
O tema da logística reversa foi abordado também por Juarez Sandeski, coordenador técnico do Eco Cidadão, entidade dedicada à arregimentação e orientação de catadores, visando o preparo para sua adesão à cooperativa existente na capital, “ajudando a melhor a qualidade de vida e a renda obtida por esses trabalhadores”.
O encontro teve ainda as falas do economista Luiz Roberto Santos, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Bebidas do Paraná, da jornalista Tania Kamienski, da TMK Ambiental e do analista de mercado Luiz Guilherme Budant Hortmann, do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Banco do Brasil.
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