Clareza e honestidade: as palavras das boas práticas no varejo
15 de out de 2024 | Escrito por ACP
A Associação Comercial do Paraná (ACP) realizou na manhã desta terça-feira (15) o evento “Bate-Papo: Boas Práticas entre revendedoras de automóveis e o consumidor”, com a presença de Claudia Silvano, Diretora do Procon-PR, e de Paulo Gomes, Deputado Estadual e Presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná (ALEP).
“Este evento representa um divisor de águas na proteção ao cliente e também no cuidado com quem vende, contando com a presença nesta mesa de gigantes do mercado como a Serasa e a Equifax. A riqueza do conteúdo tratado aqui visa assegurar um mercado mais salutar e produtivo, para que possamos viver dias melhores no comércio e na sociedade. Como empreendedor, sei que muitos problemas começam com falhas de comunicação e ajustes, e que, por vezes, é necessário sentar e dialogar com foco no respeito mútuo entre as partes”, disse o Presidente, Antônio Gilberto Deggerone, na abertura.
Em seguida, o Secretário Estadual da Justiça e Cidadania, Hilton Santin Roveda, lembrou que tanto o mercado quanto o consumidor demandam entrega com humildade e acessibilidade. “Todos somos consumidores, e é muito bom saber que podemos contar com o debate proposto por esta Casa, que sempre trata de temas sem barreiras e com muita transparência”, resumiu.
Um dos debatedores, o Deputado Paulo Gomes, lembrou que procurou o Presidente Deggerone na época da aprovação do Código Paranaense do Consumidor. “Ele sempre teve a sensibilidade em ouvir, tirar dúvidas e tentar sempre um acordo de equilíbrio nas relações de consumo”, recordou, a respeito da Lei n⁰ 22.130, aprovada em Julho deste ano e que busca uma uniformização dos direitos e deveres dos entes que fazem parte das relações de consumo.
Em seguida, a Diretora do Procon-PR, Claudia Silvano, disse que focaria sua apresentação na importância das boas práticas no atendimento ao consumidor, assunto universal, seja para o setor de revendas de automóveis, como para os demais. “A ideia central é sempre atender de forma adequada, reconhecendo que o consumidor é vulnerável e, muitas vezes, leigo no assunto. Isso exige clareza na informação e o uso de um linguajar adequado, garantindo que o direito básico à informação seja respeitado”, iniciou.
Segundo a especialista, “Direitos Básicos do Consumidor são aqueles interesses mínimos materiais ou instrumentais relacionados à direitos fundamentais universalmente consignados que, diante de sua relevância social e econômica, pretendeu o legislador ver expressamente tutelados”, falou, citando o Desembargador Sérgio Cavalieri Filho.
De acordo com ela, que faz parte do Procon-PR desde 1991, muitos problemas que chegam aos órgãos de defesa do consumidor poderiam ser facilmente resolvidos pelas próprias empresas. “O nível de situações que escalam sem necessidade, apenas por falta de diálogo, é enorme”, destacou. Claudia também reforçou que as empresas nem sempre colocam pessoas adequadas para atender o consumidor, e isso precisa mudar. “Boas práticas não devem ser apenas um título bacana, mas algo incorporado à cultura da empresa e repassado às equipes”, recomendou.
Outro ponto importante tratado por ela diz respeito ao impacto reputacional. “É preciso pensar sempre na reputação da marca. Minha experiência mostra que os problemas podem e devem ser resolvidos antes de chegar aos órgãos de defesa. Isso se faz com honestidade, lealdade e confiança, os pilares de uma relação sólida no mercado”, concluiu. “Implementar boas práticas não é apenas se proteger e proteger o consumidor, mas também garantir a sustentabilidade e a confiança do mercado”, encerrou.
Galeria de Imagens
Confira a nossa galeria exclusiva de eventos e datas importantes para a ACP.