Dia de protesto contra a carga tributária
25 de maio de 2011 | Escrito por ACP
Em comemoração ao “Dia Nacional de Respeito ao Contribuinte e Livre de Impostos”, celebrado nesta quarta-feira (25), o Conselho de Jovens Empresários (CJE) da Associação Comercial do Paraná (ACP) promoveu um café da manhã com debates sobre a reforma tributária, reunindo empresários e especialistas na sede da entidade. A discussão fez parte da mobilização nacional, encabeçada pela Confederação Nacional dos Jovens Empreendedores (Conaje), em parceria com a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), por meio da campanha “A sombra do Imposto”, Instituto Milenium, Movimento Brasil Eficiente (BEM) e Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), que ocorreu em várias unidades da Federação.
Um dos palestrantes, o gerente executivo de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, afirmou que é necessário modernizar o sistema tributário atual para estimular a competitividade do mercado brasileiro e comparou o fisco a uma colcha de retalhos, na qual ninguém sabe onde começam ou terminam as cobranças.
“Uma reforma tributária traria transparência ao sistema brasileiro, resgatando a competitividade dos nossos produtos e equiparando o nosso sistema ao vigente em outros países,” destacou. Segundo ele, uma das questões federativas que também precisa ser reformulada é o chamado “jogo de soma zero”, presente na carga tributária nacional. “Nesse jogo, um só ganha se passar por cima do outro,” ilustrou.
O assistente técnico da Delegacia da Receita Federal de Curitiba, Luiz Omar Gabardo, disse que a questão dos impostos afeta diretamente a vida de todos. “Mesmo aqueles que estão isentos da retenção do Imposto de Renda na fonte, pagam tributos invariavelmente”, disse. E deixou claro que há falha no aporte de recursos arrecadados pelo Estado aos municípios. “Antes de pensarmos numa reforma tributária, precisamos analisar qual será o impacto dessa mudança nos municípios. Eles, que deveriam ser os beneficiados pelos recursos arrecadados, são os que mais sofrem”, sustentou.
Extensão
O encontro prosseguiu com um almoço no restaurante Babilônia, que aderiu à campanha por meio da Abrasel e vendeu refeições com isenção de 100% de tributos. A redução representou aos consumidores 30% de desconto, em média, no valor do prato, o que sinalizou o quanto é pago de impostos nas mais simples atividades cotidianas.
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