Dono da Chilli Beans conta como construiu um império partindo do “menos nada”
24 de ago de 2011 | Escrito por ACP
Marca que começou no porta-malas de uma Parati é hoje a maior referência da América Latina não só em óculos escuros, mas também em relógios, chapéus, bonés e armações de óculos de grau.
Criador de uma das marcas que mais cresceu no país na última década, o empresário Caito Maia, da Chilli Beans, esteve em Curitiba, nesta terça-feira (23), contando sua história de sucesso para mais de 400 pessoas, que lotaram o pequeno auditório da Universidade Positivo a convite da Universidade Livre do Comércio (ULC) da Associação Comercial do Paraná (ACP).
Jovem, dinâmico e com uma visão de varejo que deixaria muitos teóricos no assunto para trás, o empresário revelou como conseguiu construir “do menos nada”, como ele mesmo diz, um negócio sólido e muito próspero. Em pouco mais de 10 anos de vida, a marca tornou-se referência não só no mercado em que está inserida – de acessórios e mais especificamente de óculos escuros – mas também no que diz respeito a franquias. Com 360 lojas atualmente no Brasil, Estados Unidos, Portugal e Angola, Maia ainda tem planos ousados de expansão: chegar a mil pontos de venda em todo o mundo, até as Olimpíadas de 2012.
A ideia de vender óculos, agregando atitude ao conceito do negócio, surgiu quando o empresário passava temporada na praia de Venice Beach, na Califórnia, nos anos 90. Palco das mais variadas manifestações da contracultura, com uma profusão de artistas de rua, punks, músicos, acrobatas e mágicos, a praia trouxe a inspiração necessária para o então estreante empreendedor trazer para o Brasil as novas tendências. “Percebi que todas essas pessoas usavam óculos, cada um ao seu estilo, e geralmente compravam de vendedores de praia, em quiosques, a um preço bem baixo. Foi quando senti que podia trazer o conceito para cá”, afirmou ele.
Mas, como em todo começo, as coisas não foram fáceis para a Chilli Beans. No início do negócio, Maia vendia óculos para os amigos no porta-malas de uma Parati. Aos poucos, os pedidos foram crescendo e a solução foi criar uma empresa de venda por atacado. Um dos primeiros clientes foi, inclusive, a grife Forum, que para suprir um grande pedido, adiantou um capital de giro para realizar o negócio. “Foi um estímulo fundamental, mas que com o passar do tempo, não foi suficiente”, disse o empresário. Numa nova sacada de mercado, Maia decidiu partir para o varejo, montando sua primeira loja e, em seguida, seu primeiro quiosque no shopping Villa-Lobos, em São Paulo. Desde então, a marca não parou de crescer.
Hoje, a Chilli Beans é a maior referência em acessórios da América Latina, não só em óculos escuros, mas também em relógios, chapéus, bonés e armações de óculos de grau. Única empresa a possuir a certificação do Inmetro, a empresa gera 3.500 empregos diretos e os franqueados recebem, toda semana, 10 novos modelos de óculos e cinco novos modelos de relógios para agradar seu mais variado público, que segundo Maia, vai dos 8 aos 80 anos.
Além disso, a marca está por trás de um mundo de ações de patrocínios de festas, shows, esportes e ações sociais. A única reclamação do empresário é de não poder fabricar no Brasil. “Adoraria, um dia, ser sócio ou até mesmo comprar uma fábrica brasileira. Amo muito o Brasil, mas é uma questão de negócios e temos de ser realistas. Então, todas as fábricas que atuam para mim estão na China”, revelou.
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