Eleições 2024: Cristina Graeml abre conversas da ACP no segundo turno da disputa a à Prefeitura de Curitiba
16 de out de 2024 | Escrito por ACP
A Associação Comercial do Paraná (ACP) recebeu nesta quarta-feira (16) pela manhã a jornalista Cristina Graeml (PMB), candidata à Prefeitura de Curitiba no segundo turno das Eleições de 2024.
O público foi recebido pelo Presidente da ACP, Antônio Gilberto Deggerone, que iniciou sua fala destacando a importância do diálogo contínuo com o poder público, reafirmando o compromisso da instituição com a defesa dos interesses de seus associados e a promoção de um ambiente de negócios favorável à prosperidade. Ele lembrou o legado do Barão do Serro Azul, fundador da ACP, que sempre manteve as portas abertas ao diálogo e à construção conjunta.
“O exemplo do Barão do Serro Azul segue vivo em nossa missão de garantir que a ACP seja uma casa aberta, em permanente diálogo com o poder público. Nosso objetivo é assegurar que nossos associados encontrem um ambiente propício para o crescimento e a prosperidade de seus negócios”, afirmou o presidente. “Aprendemos que tudo que fazemos é pouco, e que sempre podemos fazer mais. Nosso trabalho é constante e exige esforço contínuo”, completou.
Em uma menção à candidata à Prefeitura, Cristina Graeml, o presidente reconheceu os desafios enfrentados na disputa eleitoral, comparando-os ao dia a dia de um empreendedor que precisa superar as adversidades. “Cristina, que está aqui conosco, enfrenta o grande desafio de disputar a Prefeitura. Assim como nós, que enfrentamos nãos todos os dias, ela tem que, diariamente, superar essas barreiras. Esse é um exercício constante que deve ser encarado com determinação, para que possamos, juntos, melhorar a nossa cidade e o nosso Estado”, concluiu.
Cristina compartilhou suas reflexões sobre o processo eleitoral brasileiro e os desafios enfrentados por partidos menores como o dela. “A atual estrutura do sistema e da legislação eleitoral é desigual, favorecendo as grandes legendas e dificultando o avanço de novas lideranças”, disse. “Democracia é isso, é dar espaço a todos. Mas o primeiro turno é a meu ver foi um processo antidemocrático para candidatos de partidos pequenos como o meu. Não tive fundo partidário nem espaço na televisão e no rádio, pois não contamos com representação em Brasília”, comento.
A candidata também criticou o papel das pesquisas eleitorais, apontando que, até a semana anterior ao primeiro turno, muitos institutos sequer mencionavam seu nome. “Isso reflete a necessidade urgente de uma mudança no sistema. A eleição de 2024 traz consigo esse sentimento forte de que a disputa eleitoral no Brasil não é justa”, enunciou.
Cristina também fez uma analogia com o discurso do presidente da ACP, mencionando que, ao longo de sua jornada, transformou os “nãos” que recebeu em “sins”. “O sistema e a lei eleitoral são feitos para que quem está de fora não consiga entrar. Mas, assim como o presidente da ACP destacou, nós transformamos os obstáculos em oportunidades”, enfatizou.
Ela destacou que sua candidatura não foi planejada como um projeto de vida, mas nasceu de forma orgânica, motivada pela identificação das pessoas com seu conhecimento sobre o funcionamento do sistema e os valores que ela representa. “As pessoas começaram a me procurar porque viam em mim alguém capaz de enfrentar o sistema, uma conexão com seus valores e suas esperanças de mudança”, frisou.
Sua chegada ao segundo turno foi atribuída à crescente insatisfação do eleitorado com o cenário político atual e ao desejo de uma transformação na maneira como a gestão pública interage com a população. “Estar aqui reflete o desejo forte do eleitor por mudança. Há um sentimento de indignação, uma vontade de ver algo novo, de mudar o sistema político e a forma como o gestor público se relaciona com a população”, concluiu sua introdução.
Em seguida, a conversa contou com a mediação do VP de Comunicação da ACP, Daniel Filla, que questionou a candidata a respeito dos seguintes temas:
1. O que você pretende realizar para revigorar a região central, tão importante para a cidade?
2. Qual a sua avaliação e proposta para “mobilidade urbana “? Nos modais calçadas, motos & Bicicletas, carros, caminhões & Máquinas, ônibus.
3. Com a reforma tributária iminente, o ISS de Curitiba será incorporado ao Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), exigindo que os municípios adaptem suas administrações tributárias em um nível sem precedentes. Dado o papel crucial do fisco municipal para garantir a arrecadação necessária à manutenção dos serviços públicos, qual é o seu plano para enfrentar os desafios dessa reforma no âmbito das Finanças do Município?
4. O projeto Centro Vivo de Curitiba vai ser mantido, revitalizado e modernizado em prol dos empresários lindeiros, com segurança da Polícia da Prefeitura junto com a Polícia Militar do Paraná?
5. A fiação de operadoras de telefonia em postes da Copel vai ser corrigida? De que forma?
6. A questão do IPTU vai ser reformulada?
7. Há mais de quatro anos Curitiba está no topo das cidades que mais criam empregos com carteira assinada no país. Foram quase 90 mil empregos de 2020 até o ano passado. Mas é preciso avançar. Quais as suas propostas para aumentar a geração de empregos em Curitiba?
8. Quais os seus planos para desburocratizar ainda mais a abertura de empresas, em especial o comércio?
9. Prefeitura já reduziu o ISS (Imposto Sobre Serviços) de 5% para 2% para eventos, inovação (Tecnoparque) e outros serviços. Há mais propostas para atrair mais eventos e empresas para a cidade?
10. Como utilizar o Natal para aumentar a programação de eventos durante todo o ano visando à atrair ainda mais turistas e, consequentemente, movimentar a economia local?
11. Conforme a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), a vacina tem como principal função gerar imunidade, contribuindo diretamente para o controle e eliminação de doenças provocadas por vírus ou bactérias. Quais seus projetos para manter o sistema de vacinações em Curitiba em prol da comunidade e saúde pública da população curitibana?
12. Em seu plano de governo, há a proposta de “Aprovação Ágil e Transparente”, que prevê o redesenho completo do processo de emissão de licenças e alvarás, com critérios claros, prazos definidos e redução da burocracia. Considerando que Curitiba já se destaca nacionalmente com a integração à REDESIM, quais são suas propostas para aprimorar ainda mais esse processo?
13. Sua campanha se posiciona contra o sistema político tradicional e se identifica com a direita, enquanto o Governo Federal é de esquerda, o Governo Estadual apoia seu adversário e a maioria dos vereadores é ligada à política tradicional. Além disso, seu partido não tem representação na Câmara Municipal. Como você planeja viabilizar sua gestão na Prefeitura de Curitiba, diante desses desafios, sem isolar o município do pacto federativo?
14. A senhora pretende recriar a Secretaria da Indústria e Comércio na Cidade de Curitiba. Qual a ações que pretende aplicar para o fomento destes dois setores que empregam a maioria das pessoas na cidade? Ainda, qual o orçamento que pretende destinar para esta pasta e de quais secretárias pretende equacionar esse direcionamento?
As respostas e a conversa com Cristina Graeml na íntegra podem ser assistidas no canal da ACP no Youtube
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