“Estamos diante de uma nova era”
22 de mar de 2012 | Escrito por ACP
Economista fala a mulheres executivas sobre riqueza do pré-sal
Convidada por Marlene Wiedermann, vice-coordenadora do Conselho da Mulher Executiva (CME), da Associação Comercial do Paraná, a economista Mônica Araújo discorreu na palestra na última quarta-feira (21) sobre as reservas de petróleo do pré-sal. “Riscos e Desafios para o Brasil no Desenvolvimento da Riqueza do Pré-sal” foi o tema aprofundado pela economista com MBA Executivo em finanças, pelo Instituto Brasileiro de Mercado de Capitas (Ibemec), do Rio de Janeiro.
A escolha do assunto, segundo Marlene, foi principalmente porque dentro de pouco tempo o pré-sal fará parte da vida dos brasileiros, efetivamente. Para explicar às integrantes do conselho o impacto dessa importante commodity (petróleo) na economia nacional, Mônica expôs o assunto usando linguagem simples.
Com a intenção de contextualizar os fatos, a palestrante iniciou seu discurso com uma introdução sobre a criação da Petrobras e a exploração do petróleo, que estão intimamente ligadas. Atualmente esse recurso vem sendo fonte de divergências geopolíticas em algumas partes do mundo, principalmente no Oriente Médio. A vantagem clara que o Brasil tem de ser bem-sucedido na exploração na camada pré-sal, segundo Mônica, é justamente não ter nenhum confronto nesses moldes.
Apesar disso, a discussão sobre a distribuição dos royalties com a renda do pré-sal, permanece sem definição no Congresso Nacional. Hoje, somente São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo teriam direitos aos royalties, por fazerem fronteira com a área de exploração. Mônica contestou o fato de algumas pessoas considerarem um aumento na porcentagem destinada ao royalty, para haver uma distribuição mais equitativa. Segundo ela “50% dos lucros são destinados para os impostos e dessa maneira não existiria retorno financeiro”.
O Brasil não consegue produzir petróleo suficiente para abastecer o consumo interno, ou seja, temos que importar petróleo de outros produtores. Mas, isso deve mudar nos próximos anos com a exploração da camada pré-sal. “Vamos exportar com certeza”, afirma a economista, mas para isso vamos precisar de muito investimento tecnológico, além da participação da iniciativa privada.
Outros desafios como mão de obra e reflexos na macroeconomia, com a expansão da arrecadação e melhora na balança comercial, devem ser enfrentados. Nos próximos anos será necessário triplicar o número de funcionários na Petrobras, de 82 mil para 212 mil, além de capacitá-los. O impacto ambiental também é muito questionado, em vista dos recentes acidentes. “Estamos diante de um novo marco de produção”, acredita Mônica.
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