Indicadores ACP
11 de jun de 2012 | Escrito por ACP
Desemprego é causa maior da inadimplência em maio
Empréstimo do nome, doenças e excesso de gastos também contribuíram para o aumento da dívida
A área de serviços da Associação Comercial do Paraná (ACP) atendeu durante o mês de maio 20.611 consultas de consumidores que procuraram a instituição, com a finalidade de verificar suas restrições de crédito. Para grande percentual de consulentes (30%), o desemprego constituiu a principal causa do não pagamento das dívidas. Do total de consultas, 12.385 pessoas (60%), estavam inadimplentes, ao passo que 8.226 (40%) não apresentavam restrições de crédito.
A equipe de serviços da ACP realizou 876 entrevistas com os consulentes, apurando que do número total dos questionários respondidos 30% (264 pessoas) declararam como causa da inadimplência o desemprego, que segundo o relato de 27% (233 pessoas) foi motivada pelo descontrole de gastos, ou ainda o empréstimo do nome mencionado por 25% (218 pessoas).
Segundo a amostragem, 37% (328 pessoas) estavam com o crédito barrado no comércio e 30% (264 pessoas) haviam recebido carta do estabelecimento comercial informando que seu nome seria incluído no SCPC. Para 104 pessoas (11,8%) a motivação da consulta era saber se o nome constava do SCPC, mesmo com o débito pago, enquanto 26 consulentes (2,9%) relataram o roubo e uso indevido de seus documentos por terceiros.
As causas da inadimplência dos consumidores cuja idade varia entre 21 a 60 anos, com distribuição equilibrada entre homens (53%) e mulheres (47%), passam pela perda do emprego, empréstimo do nome, descontrole de gastos, queda da renda e doenças na família. No item emprego/desemprego a amostragem indicou, no entanto, um dado contraditório quando se tratou de explicar a falta de pagamentos das dívidas, tendo em vista que 72% dos entrevistados revelaram estar empregados e apenas 19% confirmaram o desemprego.
Carnês (293), cheques (236), cartões de loja (176), empréstimos (93), cartões de crédito (69) foram as formas de pagamento utilizadas pelos compradores que deixaram de saldar os débitos na primeira quinzena de maio, muito embora 36% deles tenham mostrado interesse em pagar as contas, 38% pretendem renegociar com o credor e 10% pagar a dívida imediatamente.
Entre os credores, segundo respostas dos inadimplentes, 42% tomaram a iniciativa de oferecer alguma vantagem para a quitação do débito, ao passo que 52% não demonstraram interesse em facilitar o pagamento. Pouco mais da metade dos inadimplentes (53%) pretendem continuar comprando e 38% vão aguardar a melhoria das condições financeiras. A pesquisa foi coordenada por Simone Scuissatto, supervisora da área de serviços.
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