Indicadores ACP
03 de abr de 2012 | Escrito por ACP
Inadimplência é maior entre consumidores mais jovens
Consulta mostra que homens e mulheres empatam em dívidas
Consumidores entre 51 e 60 anos estão situados na faixa dos mais responsáveis em relação às dívidas contraídas no comércio, ao passo que os que têm entre 21 e 30 anos, ou 31 a 40 anos, estão no lado oposto. Os dados constam da amostra obtida pela Área de Serviços da Associação Comercial do Paraná (ACP), sob a supervisão de Simone Masucci Scuissatto, em 794 entrevistas realizadas entre os dias 5 e 9 de março último.
Simone informou que a média mensal de consultas ao SCPC supera 20 mil e que durante março esse número chegou a quase 21 mil. Desse total, cerca de 14 mil se declararam inadimplentes, segundo a supervisora de serviços.
Para a pesquisa de março foram entrevistados 410 homens (51,64%) e 384 mulheres (48,36%), residentes em Curitiba, que procuraram o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), com a finalidade de levantar a situação creditícia.
A amostra indicou que a maior incidência de devedores está situada nas faixas etárias de 21 a 30 anos (32,37%), 31 a 40 anos (29,72%) e 41 a 50 anos (20,53%). Já dentre os compradores mais idosos (51 a 60 anos), a proporção de inadimplentes cai para 11,21% das pessoas que responderam ao questionário, sendo ainda menor entre aqueles com idade superior a 60 anos (3,78%).
A renda familiar mensal dos entrevistados varia de um salário mínimo (R$ 622) a mais de dez salários mínimos (R$ 6.220). A renda familiar mensal de dois a três salários mínimos (R$ 1.866) foi declarada pela maioria dos entrevistados (30,23%), ou 240 pessoas.
As principais razões que levaram os consumidores a consultar a ACP foram crédito barrado (46,98%), comunicado da inclusão do nome no SCPC (17,51%), verificar exclusão de dívida paga (17,88%) e uso indevido de documentos (4,03%). Por outro lado, 30,35% dos entrevistados justificaram o não pagamento das dívidas pela perda do emprego, 16,12% pelo empréstimo do nome, 26,83% pelo descontrole nos gastos, 5,92% pela queda de renda e 5,54% por doenças na família.
Os devedores que manifestaram a intenção de acertar as pendências quando houver disponibilidade financeira perfazem 37% do total de 794 consultas, ao passo que 30% pretendem procurar os credores para negociar a forma do pagamento, a ser efetuado pelo corte de gastos (61,96%), recursos oriundos de férias ou 13º salário (8,94%), empréstimo mais vantajoso (10%), FGTS (3,53%) ou poupança (5%).
Um dado importante revelado pela amostragem da inadimplência no comércio curitibano é que 57,56% (457 pessoas) pretendem continuar comprando nos próximos meses, enquanto 31,49% (250 pessoas) afirmaram o contrário.
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