ACP pede ação contra lotação nos ônibus e que poder público seja rigoroso na fiscalização
09 de jun de 2020 | Escrito por ACP
A Associação Comercial do Paraná está sugerindo aos associados que ofereçam como alternativa aos seus funcionários a substituição do vale transporte pelo valor correspondente em dinheiro. “Já estamos desenvolvendo com sucesso esta ação junto aos nossos colaboradores. Desta forma eles podem utilizar seus próprios veículos, organizarem-se em grupos de carona e utilizarem apps de transporte e assim evitar os riscos de utilizarem o transporte público”, explicou o presidente da entidade, Camilo Turmina.
O dirigente voltou a manifestar preocupação com a situação dos ônibus e de eventuais aglomerações nas ruas e em bares e polos gastronômicos, após declarações do prefeito Rafael Greca e da secretária municipal de saúde Márcia Huçulak de que há possibilidade de a prefeitura tomar medidas mais drásticas, caso se registre aumento nos contágios da Covid-19 na cidade, com o risco de retrocesso nas medidas de flexibilização das atividades econômicas.
“No caso do transporte, o poder público tem que utilizar os meios legais de que dispõe para impedir que os ônibus circulem além da capacidade permitida. O limite é o total de passageiros sentados. Não dá para contar só com a iniciativa dos passageiros de evitar ônibus cheios, conforme sugeriu o prefeito. Deve haver fiscalização, medidas mais duras. Só as empresas e o poder público têm instrumentos para isso”, destacou.
O comércio de um modo geral, segundo Turmina, tem cumprido o compromisso de seguir rigorosamente as normas sanitárias e não pode ser responsabilizado por irresponsabilidades pontuais como as verificadas no último fim de semana em um centro gastronômico e em bares nas regiões do Batel e do Largo da Ordem.
“É outra situação que exige a atuação firme dos órgãos públicos. Que se fiscalize e aplique multas com rigor aos transgressores, inclusive aos frequentadores que não usam máscaras. Foi aprovada e sancionada uma lei estadual que tornou a máscara um acessório obrigatório para quem precisa sair de casa no Paraná. A lei prevê multas para a população e para os estabelecimentos. Por que não foram aplicadas nessas situações no fim de semana? Se a lei não for aplicada, cai totalmente em descrédito”, questionou.
Os bons comerciantes, segundo Camilo, não podem ser penalizados por causa do comportamento de uma minoria. “Que se puna os transgressores, que são a minoria. O comércio tem procurado cumprir com rigor as normas. De sua parte, a ACP tem comunicado com insistência a necessidade de o comércio cumprir a orientação de funcionamento em horário reduzido, das 10h às 17h, como forma de desafogar o sistema de transporte público nos horários de pico. Mas a ACP tem limites, não pode obrigar o comerciante a seguir este horário. Cabe ao poder público regular o horário, por lei ou por decreto municipal. Não adianta só apelar à boa vontade de todos e ameaçar com medidas duras que acabariam penalizando todos. Ações pontuais e rigorosas contra eventuais transgressores bastam neste momento para manter a situação sob controle”, finalizou o presidente da ACP.
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