ACP recebe Deltan Dallagnol e Transparência Internacional em evento de apoio às “70 Medidas Contra Corrupção
05 de set de 2018 | Escrito por ACP
A Associação Comercial do Paraná (ACP) realizou na noite de terça-feira (04/09), um evento em apoio às novas medidas contra a corrupção, com a presença do procurador da República e coordenador da Força Tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, e o coordenador do Programa de Integridade em Mercados Emergentes da Transparência Internacional, Gulherme Donega. O evento marcou o lançamento oficial no Paraná das “70 Medidas Contra Corrupção”, documento elaborado pela campanha Unidos Contra a Corrupção.
O presidente Glaucio Geara, em sua saudação, destacou a proatividade da ACP desde o início das atividades contra a corrupção sistêmica do país. “Quando o Procurador Deltan Dallagnol e seus colegas de classe saíram pelo Brasil divulgando as 10 medidas contra a corrupção, a ACP foi uma das primeiras a apoiar e divulgar a iniciativa. Infelizmente, no fim de 2016, os deputados federais desfiguraram todo esse conjunto de medidas. A ACP se orgulha de proclamar que em momento algum deixará de lado sua posição de vanguarda na luta pela ética e transparência na política. Nós não podemos perder essa guerra, caros Dr. Deltan e Guilherme. Nós não podemos e não vamos perder”, disse.
Deltan elogiou as lideranças presentes e a parceria em prol do combate contra a corrupção. “O que seríamos de nós sem bons líderes. Pessoas que preparam e propiciam o ambiente favorável para que possamos crescer, nos desenvolver, florescer e frutificar. Nesse contexto gostaria de fazer uma referência especial ao Presidente Geara e ao Edson Campagnolo (Presidente da FIEP), pessoas que tem lutado para construir um estado e um país melhor. Vocês são parceiros na luta contra a corrupção”, afirmou.
Guilherme Donega destacou a importância da participação do setor empresarial e produtivo no combate a corrupção. “As empresas têm um papel muito importante na sociedade. Elas entendem as necessidades das pessoas e criam soluções para os mais diferentes desafios. Para chegar lá, das pequenas às gigantes, estão em constante diálogo com colaboradores, fornecedores, clientes e outros. Suas vozes são ouvidas de forma clara e presente. Mas junto com a capacidade de atingir tantas pessoas, vem também uma grande responsabilidade: a de ser um agente de transformação e ajudar a solucionar grandes problemas sociais. E a corrupção, hoje, talvez seja o maior desses problemas, por atingir justamente a esfera moral do brasileiro”, afirmou.
SOBRE A CAMPANHA
A campanha “Unidos Contra a Corrupção” é promovida por uma coalizão de organizações e movimentos da sociedade civil organizada, sem vínculos partidários, composta pela Transparência Internacional e outras seis entidades: Fundação Getúlio Vargas (FGV), Contas Abertas, Instituto Cidade Democrática, Instituto Ethos, Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) e Observatório Social do Brasil.
Para Donega, a iniciativa é um compromisso entre todos os atores envolvidos e sujeitos a um sistema de corrupção. “A ideia é que os candidatos se comprometam publicamente com a pauta e, caso eleitos, levem as medidas adiante no Congresso Nacional. Para apoiar o projetos, os candidatos deverão ter ficha limpa, compromisso com a democracia e com os direitos fundamentais. Nós consultamos mais de 200 especialistas para construir esse projeto, depois de muito trabalho e revisão, nós abrimos este pacote para consulta pública. E chegamos, ao fim, em 70 medidas divididas em 12 blocos”, comentou.
Deltan comentou sobre alguns itens contidos e a esperança que essas medidas podem causar. “Lá tem a redução do foro privilegiado, de 5 mil pessoas para apenas 16, a melhora da seleção dos ministros do STF e dos conselheiros dos tribunais de contas, criação de instrumentos para recuperar o dinheiro desviado. Lá tem a desburocratização que melhora o ambiente de negócios e também facilita o combate a corrupção, pois criam dificuldades para vender facilidades. E o que gera mais esperança ainda, é o fato de colocar o assunto anti-corrupção para ser discutido nas escolas, do nível básico ao médio. Só assim podemos atacar esse câncer pela raiz”, concluiu.
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