Candidato a Presidência, Henrique Meireles apresenta plano de governo na ACP
01 de out de 2018 | Escrito por ACP
Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, retornou a Associação Comercial do Paraná (ACP), agora na condição de candidato à Presidência da República, em evento organizado pelos conselhos Político e de Jovens Empresários, em parceria com o Instituto Democracia e Liberdade (IDL) e Movimento Pró-Paraná.
Na oportunidade, Meirelles explanou sobre seu plano de governo e respondeu perguntas acerca da máquina pública e carga tributária. O presidente da ACP, Glaucio Geara, em sua saudação inicial, defendeu pontos de interesse do setor produtivo. “Nós defendemos que o próximo governo promova as reformas necessárias, para o que o país volte a crescer de forma sustentável. Discordamos das políticas que privilegiam a supremacia do sistema financeiro e lamentamos a desatenção para com os setores produtivos”, disse.
Completando a sua fala, Geara ainda citou o comprometimento do setor na procura de soluções para o país. “O setor produtivo tem muito a contribuir. Ele não deve ser apenas ser ouvido, ele deve, também, participar de forma decisória nas formulações de políticas públicas. Precisamos, portanto, de um total compromisso com uma visão de futuro. Que ela seja ambiciosa, mas não mirabolante e nem fantasiosa”, completou.
PREVIDÊNCIA
O candidato foi enfático quando questionado sobre a reforma da previdência social, “Sim precisamos fazer. A Grécia não fez e quebrou, a Alemanha fez antes de acontecer o pior. A questão da reforma não é ‘se’ ela será feita, mas sim, quando”, disse.
Questionado sobre a resistência em aprovar uma reforma deste porte, Meirelles explicou que o problema está na apresentação do tema. “Por que existe tanta resistência? É simples, imagine que alguém chegue até você e simplesmente proponha te tirar um direito. Claro que não será bem aceito. Tudo depende da maneira de como se apresenta o problema”, completou.
CARGA TRIBUTÁRIA
Sobre o tema, o candidato defendeu uma estratégia de redução e simplificação dos impostos. “O tempo médio de pagamento de impostos é de 2600 horas. Só entre papel e burocracias, esse é o tempo que as empresas gastam só no preenchimento. É necessário diminuir isso para 200 horas”, disse.
AMBIENTE DE NEGÓCIOS
O candidato também falou sobre o difícil clima de negócios do país. “O Banco Mundial fez uma classificação de 149 países no que diz respeito ao ambiente de negócios, e a classificação do Brasil é 119. Isso é péssimo, significa que é difícil trabalhar e produzir no país. Atualmente, para se abrir uma empresa, só no tempo despendido em papeis, tirando aluguel ou construção do imóvel, o empresário amarga uma espera de 101 dias. Minha pretensão é baixar esse tempo para 3 dias”, afirmou.
No esteio disso, quando perguntado sobre as soluções para recuperar o ânimo do mercado, Meirelles defendeu o aumento de crédito como solução. “Elevar a competição aumentando a oferta de crédito é uma das saídas. Incentivar o crédito eletrônico, as chamadas fintechs, para captar recurso e investir sem ter que se preocupar com estrutura de agências também”, finalizou.
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