Conselho das Câmaras Setoriais discute segurança
26 de jun de 2013 | Escrito por ACP
O Conselho das Câmaras Setoriais da ACP promoveu nessa terça feira (25), reunião para apresentação da nova Câmara Setorial de Logística e debater sobre os desafios do comércio de Curitiba frente à falta de segurança. Pala falar sobre o assunto e estimular a maior aproximação entre a sociedade e o comando da polícia na capital, estiveram presentes lojistas munidos de números dos prejuízos ocasionados pela carência de segurança em seus estabelecimentos.
O evento, liderado pelo vice-presidente Camilo Turmina, coordenador do conselho, contou com a participação dos delegados Maritza Haisi, da Delegacia da Mulher, Mônica Meister, do 1º Distrito da Polícia Civil e Daniel Prestes Fagundes, da Delegacia de Furtos e Roubos; do diretor da Guarda Municipal, Cláudio Frederico de Carvalho e do tenente Ricardo Smaniotto, da 1ª Companhia Independente da Polícia Militar.
Com o objetivo de trazer profissionais que possam clarear apresentar soluções aos comerciantes cada vez mais sofrem com frequentes assaltos e furtos, Camilo destacou que os serviços de segurança devem ser providos pelo Estado, pois não há uma solução alternativa, como acontece na educação com a contratação de escolas particulares. Apesar da disponibilidade de empresas privadas de segurança, essas não são capazes de coibir efetivamente o crime nem mesmo investigar delitos.
Expondo números preocupantes, Luís Gonçalves, diretor da rede comercial Multiloja, apresentou os gastos mensais com segurança – R$ 130 mil em média — o que corresponde a cerca de 2% dos lucros sobre serviços. “Somente nesses primeiros cinco meses contabilizamos a cifra de R$ 435 mil em materiais roubados das lojas.
Boletim de ocorrência e policiamento
Foi unanimidade entre as autoridades policiais presentes, o alerta para a importância do registro em boletim de ocorrência de todos os casos de roubos e furtos. “Muitas vezes o que falta é esse elo entre o poder público e a população, o conhecido BO, que pode ser feito na delegacia ou pela internet”, lembrou Frederico de Carvalho, diretor da Guarda Municipal. No caso do registro online, só é possível quando não há incidência de violência no delito. Para Smaniotto, é fundamental que a população recorra ao delegado ou oficial da PM responsável pela área circunscrita, a fim de registrar ações criminosas pontuais recorrentes, para que dessa forma seja possível agir efetivamente.
Apesar do efetivo de 15 viaturas para policiamento preventivo, entre carros da Polícia Militar e Guarda Municipal presentes no centro da cidade, o efetivo da Polícia Civil está defasado, o que trava o processo e resulta na lentidão da investigação de crimes. De acordo com o delegado Daniel Fagundes da DFR, desde os anos 90 o número de policiais civis foi reduzido a menos da metade, índice inversamente proporcional ao aumento da população, fato que corrobora ainda mais a dificuldade na resolução de delitos.
Por outro lado, a tecnologia utilizada como paliativo e custeada particularmente por comerciantes – o monitoramento dos estabelecimentos – tem tido fundamental papel para a prisão efetiva de criminosos. “Conseguimos qualificar e resolver uma série de 42 crimes cometidos por uma mesma quadrilha contra lojas da rede Nissei de farmácias, graças às imagens fornecidas à delegacia” destacou.
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