Empreendedores trazem novidades do ramo de franquias e apontam o futuro
13 de ago de 2018 | Escrito por ACP
Na noite da quinta-feira (09/08) o Conselho de Jovens Empresários da Associação Comercial do Paraná recebeu a visita de quatro palestrantes, que trouxeram as novidades discutidas na Feira Internacional de Franquias, promovida pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), realizada entre os dias 26 e 29 de junho deste ano.
Gean Chu, CEO da Los Paleteros, Rafael Soares, diretor da Oven Pizzas, Fabiano Lasserre, sócio diretor da Clifame Medicina e Daniel Bernard, diretor da Netplan Consultoria, trouxeram além de suas impressões da feira, suas experiências pessoais e, principalmente, seus apontamentos para o futuro do ramo de franquias no país.
Após as palestras, todos eles tiveram um espaço para trocar ideias mais próximas com o público, em uma nova abordagem de evento dentro da Associação. “Meu intuito em trazer esses eventos é poder proporcionar para o associado não só uma palestra, mas sim, uma troca de conhecimentos por intermédio de um network hub, um espaço em que os associados e os presentes tenham a oportunidade de trocar ideias e experiências. Esse é o nosso esforço para colocar a ACP, uma associação que já tem mais de 100 anos, no rumo dos próximos 100”, afirma Gustavo Tacla, Coordenador do CJE-ACP.
PRESENTE
Gean Chu trouxe como destaque da feira as novas modalidades de franquia. “Pela primeira vez a feira teve uma área específica destinada para micro franquias, com valores de investimento abaixo de 90 mil reais. São franquias de baixo valor de investimento, como serviços, alimentação e varejo. Um tipo de franqueado diferente, com um perfil diferenciado de investimento”, apontou.
Rafael Soares aproveitou o gancho de Chu e discorreu sobre as razões desta mudança de perfil. “Essa questão de patamar econômico fez com que as marcas reinventassem, em modelos de negócios que sejam escaláveis. O investidor atual está com o dinheiro mais curto, e o que tem dinheiro no bolso está com medo de arriscar. Quanto menor o valor do investimento, mais atrativo se torna para atrair esse possível franqueado. Por isso marcas tradicionais vieram com modelos de negócios mais compactos, mais enxutos. Muitas delas, inclusive, fugindo de shoppings, mais focados na rua, como o Madero e o Giraffas, por exemplo”, comentou.
FUTURO E TENDÊNCIAS
O que tornou a discussão mais interessante foi o fato de que Curitiba, dentro do meio comercial, é conhecida como a cidade teste para tudo o que é novo no mercado. Daniel Bernard confirmou essa teoria e ainda explicou por quê. “O que dá certo em Curitiba, Uberlândia e Campinas tende a dar certo no país inteiro, pelo fato destas cidades terem uma agenda de classes sociais bem distribuídas, além de fortes e exigentes”, afirma.
Indagados sobre a forte tendência dos chamados “free markets” em Curitiba, os convidados dissertaram também sobre o futuro dos shoppings em médio prazo. Para Daniel Bernard os modelos de negócios atuais dos shoppings tendem a ser quebradiços, mas ele vê uma adaptabilidade. “Os custos operacionais de um shopping hoje são praticamente proibitivos. Hoje nós vivemos a questão de nichos de consumo. Porém, a macro tendência dos shoppings é mudarem seus perfis. Hoje não é mais o consumo completo, mas sim, alimentação e lazer, ficando o varejo a cargo da internet. Hoje, o Shopping é o local onde o consumidor busca por experiências, para acabar consumindo por outros canais”, afirma.
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