Conselho da ACP discute novas ações contra pichação
17 de mar de 2015 | Escrito por ACP
Empresários e Poder Público também trataram sobre moradores de rua
A terceira fase da campanha “Pichação é crime. Denuncie”, desenvolvida pela Associação Comercial do Paraná desde 2012, está prestes a entrar em sua terceira fase. As ações em prol da limpeza da cidade e contra o vandalismo entraram em discussão na manhã de hoje (17), durante café da manhã promovido pelo Conselho do Comércio Vivo, atualmente sob coordenação do vice-presidente Camilo Turmina. Também entrou na pauta do evento a questão dos moradores de rua, cuja situação preocupa comerciantes e sociedade civil.
A meta para este ano é encampar ações que encorajem a população a buscar os seus direitos. Há um mês, via Guarda Municipal, são enviados boletins eletrônicos para estabelecimentos comerciais cujos pontos tenham sido pichados com autuação em flagrante do infrator. “No documento constam os detalhes da ocorrência com a informação de que o empresário pode ingressar na Justiça com ação de indenização por danos morais”, revelou Camilo Turmina. Já em vigor, o alerta é feito diretamente pela própria Guarda, por meio de um comunicado entregue no estabelecimento, em sugestão proposta pela ACP à Guarda Municipal.
As ações conjuntas da iniciativa privada com o setor público tiveram efeitos positivos desde seu lançamento, como o aumento no número de denúncias, que refletiu no acréscimo do registro de ocorrências. A conscientização também tem sido bem-sucedida, o que é ratificado pelo número de denúncias que aumentam ano a ano o número de flagrantes – 375 em 2013 e 246 em 2014.
De acordo com o inspetor Frederico de Carvalho, da Guarda Municipal, hoje apenas 3% dos adolescentes apreendidos acabam reincidindo no crime. “Isso demonstra que as medidas socioeducativas têm realmente dado o resultado esperado”, declarou. Das 66 ocorrências registradas até o momento do mês de março, 15 foram flagrantes de delito, destes, envolvendo 11 adultos e quatro adolescentes.
De acordo com o capitão Luiz Fernando, da Polícia Militar do Paraná (PMPR), o efetivo cumprimento de prisões e o início de investigações depende também de imagens das câmeras de segurança disponibilizadas pelos empresários. “Há, em sua maioria, quadrilhas que atuam na cidade que muitas vezes agem da mesma forma. Por isso, as imagens capturadas no comércio são de grande importância para o nosso trabalho”, disse. Além do número 156 da Guarda Municipal, a população também pode contatar os números 3232-0763 e 3224-8826 da PM, caso haja qualquer tipo de denúncia a ser registrada.
Moradores de Rua
Segundo números da Fundação de Ação Social (FAS), Curitiba tem 5 mil moradores em situação de rua. Informação alarmante, de acordo com Camilo Turmina, que por meio do seu conselho vem encampando ações e parcerias em busca de alternativas para minimizar o problema social.
O administrador regional da Rua da Cidadania da Matriz, Maurício Figueiredo Lima Neto, presente ao evento, destacou as iniciativas de encaminhamento na administração municipal, com o apoio do prefeito Gustavo Fruet, de criar alternativas para que, ao menos inicialmente, os moradores de rua possam guardar seus pertences, bem como usufruir de sanitários exclusivos.
Os números oficiais, porém, foram contestados pela coordenadora do Conselho de Segurança e Câmara Setorial de Segurança, Malu Gomes. “É necessário e urgente a realização de um recenseamento demográfico dessa população sem teto, para que haja uma ação efetivamente continuada de mapeamento. Só assim saberemos como tomar decisões mais acertadas”, declarou.
Com espaço aberto para boa iniciativas, a reunião contou com a presença do representante da Casa de Recuperação Menos Um, Nelson Pontes Maciel. O projeto de ordem social atende pessoas em situação de vulnerabilidade social, bem como exclusão social em Curitiba. “A rua não é moradia para qualquer ser humano. Precisamos ter atitude diante destas situações, agir e jamais ficar parados”, disse a promotora de Justiça e é coordenadora do Projeto Semear – Enfrentamento ao Álcool, Crack e Outras Drogas do Ministério Público do Estado do Paraná, Cristina Corso Ruaro.
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