Integração da segurança em debate na ACP
13 de abr de 2018 | Escrito por ACP
O debate sobre “Segurança Pública: Integração das Câmeras de Monitoramento do Comércio”, realizado nessa quinta-feira (12) na sede da Associação Comercial do Paraná (ACP) pelo Conselho do Comércio Vivo e Comitê Centro Vivo, atraiu a atenção de dezenas de empresários, dirigentes e membros dos Conselhos de Segurança (Consegs) da área central e vários bairros curitibanos.
Os convidados especiais do evento, a saber, Guilherme Rangel, secretário municipal da Defesa Social e Trânsito, Ivo Diniewcz Junior, delegado titular do 1º Distrito Policial de Curitiba e o tenente Rodrigo Cruz, comandante da 1ª Companhia do 12º Batalhão da Polícia Militar de Curitiba, foram recepcionados pelo presidente da entidade, Gláucio Geara, vice-presidente Camilo Turmina, coordenador do Conselho do Comércio Vivo, vice-presidente Airton Hack e Gilberto Cordeiro, coordenador do Comitê Centro Vivo.
A reunião foi aberta pelo vice-presidente Camilo Turmina, que reiterou a ênfase que o conselho que coordena atribui à necessidade de integração das câmeras de monitoramento instaladas em Curitiba, de modo especial na região central “por ser essa o centro nervoso de qualquer cidade”.
Turmina acentuou que o centro de Curitiba cumpre a função de “plano piloto” para a segurança pública, salientando as rondas preventivas da rua XV de Novembro, a cargo de motociclistas que percorrem a via das 10 da noite às seis da manhã, e que apresentam “excelentes resultado na diminuição dos índices de criminalidade e violência”.
O dirigente da ACP encareceu também a proibição do trânsito de bicicletas pela principal rua de comércio da cidade, diante da constatação de que “muitos desses ciclistas se aproveitam para furtar relógios, celulares e correntes”. Lembrou o exemplo do Oil Man, ciclista bastante conhecido na cidade, que ao transitar pela Rua XV o faz desmontado de seu veículo de locomoção em respeito à segurança dos demais transeuntes.
Entusiasta da extensão do plano piloto da XV para as demais regiões da cidade, tendo em vista a proteção dos cidadãos e dos estabelecimentos comerciais, o coordenador do Comércio Vivo convidou o CEO da Helper Tecnologia da Segurança, Rogério Dias, para uma exposição sucinta dos projetos desenvolvidos pela empresa, com destaque para a ação executada na Ceasa, local frequentado em média por 35 mil pessoas/dia e com grande índice de criminalidade, segundo Rogério, diminuída em cerca de 70%.
O secretário Guilherme Rangel, que é também delegado da Polícia Civil com vários cursos de formação profissional no combate à criminalidade, apresentou o projeto da pasta para a segurança pública em Curitiba, acentuando as dificuldades enfrentadas no setor.
Segundo o secretário existem atualmente no Paraná “seis mil pessoas portando tornozeleiras eletrônicas, tornando extremamente difícil o controle das mesmas pelas autoridades policiais”. Além disso, revelou uma dificuldade preocupante ao informar que “dois terços das pessoas presas são soltas em 24 horas”, sendo que o reflexo “é imediatamente sentido nas ruas”.
Rangel disse que “há mais de 30 mil mandados de prisão expedidos no país”, e o fato representa apenas uma parte das dificuldades dos agentes de segurança pública. Entretanto afirmou que “o número de assassinatos na capital paranaense (18 por 100 mil habitantes) é o mais baixo em relação às demais capitais brasileiras”, de acordo com números da Organização das Nações Unidas.
Rangel referindo-se à área central de Curitiba, informou que “do início do ano até agora apenas três crimes de morte foram anotados”.
O secretário discorreu sobre o projeto em execução na pasta, visando aumentar o nível de segurança na capital pela utilização da inteligência no combate ao crime. Os resultados estão sendo obtidos por meio de sistemas interligados com base em recursos tecnológicos, como radares e câmeras nas principais vias públicas, combate ao furto de veículos, assaltos e roubos, configurando um conjunto de providências tomadas por uma cidade inteligente.
O delegado Ivo Junior e o tenente Rodrigo Cruz comentaram o desempenho institucional dos setores que dirigem e a exposição do secretário Guilherme Rangel, fornecendo dados da atuação integrada das Polícias Civil e Militar e da Guarda Civil, respondendo às questões levantadas pelos presentes.
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