Nota Oficial da Associação Comercial do Paraná
30 de jul de 2015 | Escrito por ACP
Em razão de novo aumento na taxa Selic determinado pelo Copom, que elevou os juros básicos da economia para 14,25% ao ano, a Associação Comercial do Paraná (ACP) vem a público externar sua indignação.
Que política é essa que coloca o Brasil entre os países que praticam as maiores taxas de juros do mundo? Aonde queremos chegar? Como crescer, como realizar investimentos, se o próprio governo estimula a usura e a especulação financeira?
A ACP, que representa milhares de empresários de todo o Paraná, sente-se na obrigação de alertar as autoridades da área econômica sobre a insensatez que permeia esse tipo de decisão, que, a pretexto de reduzir a inflação, inviabiliza investimentos, reduz a competitividade de nossos produtos e encarece a vida de todos os brasileiros.
Há quem duvide também que seja um remédio eficaz para conter a inflação. Ao contrário, maximiza as despesas, pois esses 0,5% de acréscimo na taxa Selic, representam um aumento de R$ 12,9 bilhões no estoque da dívida, que hoje soma a fabulosa quantia de R$ 2,58 trilhões. Só neste ano, o pagamento dos juros da dívida vai nos custar algo em torno de R$ 350 bilhões.
Essa sim deveria ser a maior das preocupações do governo. A dívida pública interna, que cresce perigosamente e pode nos tirar o grau de investimento.
O fato é que repete-se o enredo. Juros mais altos elevam as despesas públicas e provocam redução nos investimentos. Como a máquina pública não reduz seus gastos de pessoal e de custeio, o caixa não fecha. Vem a ânsia de arrecadar mais, e com ela o aumento dos impostos.
A má notícia é que as empresas brasileiras chegaram ao limite. Definitivamente não conseguem mais sobreviver e competir com tamanha carga tributária.
Não aceitamos mais pagar a conta da corrupção, das políticas públicas equivocadas, da falta de recursos para investimentos, da infraestrutura deficiente, das obras inacabadas.
Ou nossas autoridades monetárias acordam para o problema de subsistência das empresas, ou vamos todos à bancarrota, arrastando o Brasil para o abismo.
O que nós precisamos é que a economia retome seu curso, que o governo faça os investimentos inadiáveis na deficiente infraestrutura, que a carga tributária seja reduzida, e que os brasileiros possam ser mais felizes, em paz com seus empregos, vendo seu país voltar a crescer para gerar os empregos tão necessários para milhões de brasileiros.
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