Presidente da ACP participa de congresso sobre combate à corrupção
13 de maio de 2019 | Escrito por ACP
O presidente da Associação Comercial do Paraná, Gláucio Geara, participou do Congresso Nacional sobre Macrocriminalidade e Combate à Corrupção, realizado nesta segunda-feira, no Teatro Positivo, em Curitiba. A ACP foi uma das patrocinadoras do evento, promovido pela Escola da Magistratura Federal do Paraná (Esmafe) da Associação Paranaense dos Juízes Federais (Apajufe).
Durante todo o dia fizeram palestras, sobre os temas propostos, diversas autoridades do Paraná e do Brasil, como o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro; o desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), João Pedro Gebran Neto; Roberto Leonel, presidente do COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras); Maurício Valeixo, diretor geral da Polícia Federal; Marcelo Bretas, juiz federal; Deltan Dallagnol, procurador da República, entre outros.
O diretor da Esmafe, André Wasilewski Duszczak, no discurso de abertura do congresso agradeceu ao presidente da ACP, Gláucio Geara, pelo apoio na realização do evento. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, também agradeceu o apoio de Geara e da ACP para a concretização do congresso. “A ACP tem sido parceira de esforços contra a corrupção e agradeço este apoio”, disse o ministro Moro, no início de sua palestra.
O ex-juiz e atual ministro Sérgio Moro destacou que a Operação Lava Jato, mesmo que receba críticas pontuais, foi um avanço na apuração e punição da corrupção no Brasil. “A corrupção estava instituída nos órgãos públicos. A Petrobras tinha uma tabela de propina para atender aos interesses de diretores. Já existia um sistema de governo em prol da corrupção”, disse Sérgio Moro. “A Lava Jato é só uma etapa no combate à corrupção. Este combate deve ser uma preocupação perene”. Moro criticou as propostas que criam uma sombra de retrocesso, que ameaçam a continuidade de investigações contra a corrupção.
Moro explicou que aceitou o convite do presidente Jair Bolsonaro para ser ministro, mas que não estabeleceu nenhuma condição para aceitar o cargo, como ser ministro do Supremo Tribunal Federal, por exemplo. “Só pedi carta branca para atuar prioritariamente contra a corrupção, o crime organizado e os crimes violentos e o presidente aceitou”, disse o ministro. Sobre a volta do COAF para o Ministério da Economia, conforme proposta do Congresso Nacional, Moro disse que considera que o órgão recebe mais atenção e fica melhor aparelhado estando vinculado à Justiça, mas que se optarem pelo retorno do COAF para a Economia, ele acatará. Por fim, Moro disse que espera que seu Projeto de Lei Anticrime seja votado na Câmara ou no Senado ainda no primeiro semestre deste ano e que um dos pontos principais será o fim das condições de se protelar um processo indefinidamente através de recursos. “As figuras poderosas permaneciam sem punição, graças a bons advogados e pedidos de recursos que não têm fim. Isto vai acabar”, explicou o ministro.
Fotos: Diego Wladyka
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