Vendas de Natal caíram 3% em Curitiba
03 de jan de 2017 | Escrito por ACP
O movimento de vendas natalinas no comércio de Curitiba em 2016 apresentou queda nominal de 3% em relação ao mesmo período do ano passado, sendo a queda real de 10% quando corrigida pela inflação acumulada de 7,38%. Em 2015 a queda nominal verificada chegou a 5% e a 15,7% de queda real.
A pesquisa ACP/Datacenso que apurou os índices foi realizada nos dias 26 e 27 do corrente, por meio de entrevistas diretas com 200 comerciantes e 200 consumidores, sendo esses escolhidos por gênero (52% mulheres e 48% homens).
Os comerciantes ouvidos atuam em micro (58%), pequena (39%), média (2%) e grande empresa (1%), respondendo por cargos de gerente/supervisor (72%) ou proprietário/sócio (28%).
A faixa etária predominante entre os consumidores variou de 25 anos a 44 anos e a renda familiar mensal entre R$ 1.760 a R$ 4.400,00. Cada consumidor presenteou três pessoas em média, com gasto unitário por presente de R$ 78,00 (R$ 234,00 no total).
Na pesquisa anterior a projeção de gasto por presente era de R$ 90,00, acusando na prática a queda de 22% no valor então estimado. No Natal de 2015 o gasto per capita por pessoa presenteada chegou a R$ 81,00, valor reduzido em 4% na temporada atual.
Roupas (64%), brinquedos (27%), calçados (24%), perfumes (11%), joias (4,5%), celulares (3%), entre outros, foram os itens citados pelos consumidores, que por sua vez não contaram com opções diferenciadas na hora de comprar os presentes, tendo em vista que 52% dos comerciantes entrevistados declararam ter mantido o mesmo estoque de 2015, ao passo que 27% e 21% trabalharam, respectivamente, com estoques menores ou até piores que os anteriores.
O Instituto Datacenso constatou também que as vendas foram melhores para 31% dos comerciantes, mas se mantiveram no mesmo patamar para 31% deles, embora menores para uma faixa de 34%. Mesmo assim, “a expectativa de cerca da metade dos comerciantes curitibanos é que em 2016 o movimento foi um pouco melhor que o do ano anterior, alimentando a probabilidade de melhoria ao longo de 2017 em função da aprovação das reformas anunciadas pelo governo federal e seus impactos favoráveis sobre o crescimento econômico”, revelou o economista Cláudio Shimoyama, diretor do Datacenso e responsável técnico pela pesquisa.
O enfrentamento da crise levou o sistema de varejo a restringir o número de trabalhadores temporários, providência assumida pela parcela de 31% dos entrevistados, enquanto 69% responderam não ter recrutado pessoal adicional. Dos contratados para o final do ano, apenas 16% serão efetivados e 84% dispensados.
Cerca de 50% dos consumidores parcelaram as compras no cartão de crédito, diminuindo a proporção de pagamento com cartão de débito, à vista com dinheiro, boletos, carnês de lojas ou cheques.
A pesquisa apurou também que 40% dos consumidores curitibanos usaram parte do 13º salário para o pagamento de dívidas no cartão de crédito, cheque especial, empréstimos e carnês de lojas, tendo em vista que 74% dos entrevistados admitiram a situação de inadimplência.
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