Requião diz que é “voluntário” para salvar o Paraná
16 de set de 2014 | Escrito por ACP
Abrindo mão da condição de candidato ao governo do Paraná pela coligação liderada pelo PMDB, o senador Roberto Requião reivindicou a postura inédita de “voluntário para arrumar a bagunça que aí está”. A afirmação foi feita nessa segunda-feira (15), no segundo debate promovido pela Associação Comercial do Paraná (ACP) com os principais candidatos ao governo estadual.
Requião foi o segundo candidato a comparecer ao evento organizado pelo Conselho Político da ACP e Movimento Pró-Paraná, recebendo também o documento com as principais sugestões das entidades para os programas de governo dos postulantes ao cargo.
O parlamentar admitiu que dentre os demais senadores da República é o que mais viaja, “mas sempre como representante da instituição perante corporações oficiais como o Parlamento Europeu e da América Latina, a fim de discutir saídas para a crise econômica mundial”.
Mais uma vez condenou o capital financeiro, que “nada produz além da ciranda dos cassinos das bolsas de valores, em detrimento do capital produtivo que gera empregos e renda”. Lembrou que seu último mandato sofreu com o impacto da crise econômica causada pela paralisação da economia norte-americana, mas mesmo assim “no período a economia do Paraná cresceu mais de 20%”.
“A produção industrial que ocupava o sétimo lugar no Brasil subiu para o primeiro lugar, e atualmente já caiu para o terceiro”, acrescentou ao criticar o governo atual pela prática da antecipação de receita e substituição tributária, “que vai acabar quebrando o comércio”.
Requião criticou também o aumento do gasto público, “especialmente pelo elevado número de cargos em comissão”, citando que a dívida atual do governo é de R$ 25 bilhões, devendo sofrer “um incremento de mais R$ 9 bilhões em pouco tempo”.
“Apesar da crise meu governo executou 300 projetos diferentes, ao passo que hoje o Paraná se aproxima do vermelho e da insolvência”, declarou.
Reiterando ter sido essa a motivação que o levou a se apresentar como “voluntário” para salvar o Paraná, “sacrificando o período mais rico da minha vida”, Requião lembrou que em seus governos “as tarifas de energia e água sempre estiveram entre as mais baixas do País, perdendo apenas para São Paulo e Brasília”. Aproveitou para dizer que a Copel e Sanepar “estão hoje programadas para proporcionar lucros fantásticos para acionistas e investidores, ao invés de permitir o desenvolvimento econômico pela produção de energia barata, punindo o consumidor mais pobre. É isso que chamam de Paraná Competitivo”.
Austeridade, gestão competente e experiência, constituem segundo o senador peemedebista a receita “para enfrentar o desregramento e o apagão da administração pública estadual”.
O senador Roberto Requião foi saudado pelo presidente Antonio Espolador Neto, por Sinval Lobato, coordenador do Conselho Político da ACP, e Jonel Chede, presidente do Movimento Pró-Paraná, entidades promotoras do debate com os candidatos. Após a palestra Requião respondeu perguntas sobre segurança jurídica, segurança pública, infraestrutura, mar territorial e ensino superior, entre outras.
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