Em parceria com o World Trade Center Curitiba, a ACP promoveu  a palestra “A economia da inovação”, com Bruno Monteiro Portela, Diretor de Apoio à Gestão da Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade.

Portela fez um relato das ações governamentais visando melhorar o ambiente de negócios e a segurança jurídica e, com foco na inovação, destacou o novo marco legal das startups, que viabizlizou questões relevantes, como a ampliação do volume de recursos disponíveis para investimentos, a desvinculação de investidores anjos de obrigações trabalhistas ou tributárias e a criação do ambiente regulatório experimental, que permite a criação de ambientes para testes de novos produtos sem o risco de punição pelo regulador.

“Dentro deste cenário, ampliam-se as possibilidades de contratação de startups pelo setor público através do Contrato Público de solução Inovadora”, destacou Portela. Várias experiências estão sendo implementas. A prefeitura de Recife, por exemplo, está iniciando a contratação de soluções nas áreas de saúde, infra-estrutura, esportes, meio ambiente e desenvolvimento social.

Outra ação de destaque é o Inovativa Brasil, uma política pública que apoia o desenvolvimento do ecossistema de empreendedorismo inovador no Brasil. Os programas e eventos do Inovativa promovem diferentes oportunidades de aceleração de negócios inovadores, conexão com potenciais investidores e parceiros, e capacitação de empreendedores. “Transformamos o Inovativa Brasil em um hub de serviços e apoios a startups, atingindo mais de 15 mil atendimentos. Os programas de inovação batem recordes desde 2019 atendendo, de forma gratuita, negócios inovadores de qualquer setor produtivo em todas as regiões do país”.

Para 2022, o governo projeta  a consolidação do Inovativa Hub com 760 projetos acelerados, 80 projetos de impacto ambiental, 600 atendimentos em fase de desenvolvimento de ideias e 366 startups conectadas por meio de rodadas de negócios, demodays online e ações de inovação aberta. “Fortaleceremos ainda mais o desenvolvimento do ecossistema de startups no Brasil através de uma série de ações conjuntas”, observou Portela.

O cenário, segundo ele, segue promissor. “Falamos em investimentos na ordem de 10 bilhões de dólares, mais do que todos os demais países latino americanos. Em 2021 o Brasil foi o sétimo maior mercado mundial em investimentos em startups, à frente de países como Canadá, Israel e Suécia”. O Brasil chegou em 2021 a 26 unicórnios, que são aquelas que alcançam valor de mercado de 1 bilhão de dólares.