ACP lidera luta contra feriados na Copa
13 de fev de 2014 | Escrito por ACP
“Se for para ter feriados, melhor não ter Copa em Curitiba”, enfatizou o presidente da ACP, Edson José Ramon, em almoço promovido pelo Conselho Político da entidade e o vereador Paulo Rink, presidente da Comissão Especial da Copa. A entidade de classe tem empunhado a bandeira da Copa sem feriado com vigor devido à grande demanda de seus associados, preocupados em manter seus estabelecimentos em pleno funcionamento para usufruir do grande movimento de turistas na data.
Durante o evento, que já demonstra o tom acirrado que se aproxima até que a votação em plenário seja consumada, Rink revelou que “Curitiba ficou manchada no cenário mundial, não só nacional, em relação ao atraso das obras”. Em virtude disso, quando da vinda de Jérôme Valcke em 21 de janeiro, houve o risco de cancelamento dos jogos do mundial na capital paranaense. “Tive de ir à Suíça para tentar amenizar a situação. Após a criação da comissão, temos acompanhado as obras diariamente”, disse. Agora, a questão dos feriados é a única ainda em aberto na Câmara, que embora não tenha fixado a data, terá de resolver o assunto.
O principal argumento para que o comércio, indústria e serviços não paralisem suas atividades é o prejuízo estimado de R$ 160 milhões/ dia. A cifra, segundo Hélio Bampi, presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), pode ser muito maior considerando o potencial produtivo da indústria na cidade. “É impensável que, numa economia como a do Brasil, haja paralisação. A Fiep vai desenvolver ações juntamente aos vereadores para que também posicionem-se contra os feriados”, declarou. Além disso, Bampi argumentou que apesar da envergadura mundial do evento, é preciso levar em consideração os interesses locais, que muitas vezes, têm seu lucro incrementado graças a eventos deste porte.
Enquanto a cidade investirá R$ 35 milhões em estrutura temporária para os quatro jogos em gradeamento das arenas, montagem de barreiras no entorno dos estádios, centro de mídia, instalações para voluntários e outros, não terá a contrapartida em arrecadação. O prejuízo com os já instituídos feriados nacionais gerará uma queda de 60% no faturamento de junho, ou seja, o mês será praticamente perdido”, afirmou o coordenador do Conselho Político da ACP, Gláucio Geara.
Além dos setores comerciais, o imobiliário seria drasticamente afetado pela paralisação. “É inadmissível parar as administradores de condomínios durante 14 dias úteis, contando os dias que seriam emendados aos fins de semana”, disse o vice-presidente da ACP e do Sindicato da Habitação e Condomínios (Secovi – PR), Jean Michel Galiano.
Durante o encontro e perante as duras críticas em desfavor dos feriados, o vereador destacou que será necessária uma força tarefa de entidades para que esclareçam seus argumentos junto aos demais vereadores da cidade. Segundo Rink, a votação será entre a instituição ou não de feriados, sendo que o ponto facultativo estará fora de cogitação.
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