Centro Vivo tem projeto para criar galeria a céu aberto
24 de out de 2012 | Escrito por ACP
O projeto Centro Vivo da Associação Comercial do Paraná (ACP), com o envolvimento da comunidade, órgãos estaduais e federais e artistas locais, pretende a revitalização de espaços degradados da cidade. Normalmente são os imóveis abandonados ou mal-conservados os mais sujeitos à depredação, à pichação e a outras ações que desgastam ainda mais o meio ambiente urbano.
De outro lado, a arte de rua é uma manifestação artística complexa e significativa, que pode contribuir para tornar esses espaços novamente carregados de sentidos, interessantes e agradáveis para o transeunte. Dessa forma, o projeto Centro Vivo pretende estimular a produção de manifestações culturais, mediante a elaboração de trabalhos de arte urbana nos locais mais degradados e sujeitos a esse tipo de ação.
Segundo o coordenador do projeto Centro Vivo, Jean Michel Galiano, a ideia básica “é criar uma galeria a céu aberto incentivando artistas curitibanos que se sobressaem no graffitti e na intervenção urbana”. Galiano explicou que o esforço prevê a restauração de fachadas públicas e privadas danificadas também pela passagem do tempo, “a fim de evitar novas incidências e proporcionar a conscientização de comerciantes e moradores sobre as características da arte urbana, bem como os benefícios de manter conservadas as calçadas, fachadas e vias públicas, sem distinguir o público do privado, tendo em vista que a cidade é responsabilidade de todos”.
Abandono
As ruas São Francisco e Nestor de Castro, na área central, são os logradouros que apresentam as piores condições de conservação e abandono, apesar da grande movimentação de pedestres nos referidos locais. O foco inicial do projeto servirá de estímulo para sua aplicação nos diversos bairros de Curitiba.
Dessa forma, o projeto que foi submetido à análise do Ministério da Cultura teve acolhido o pedido de enquadramento na Lei Rouanet, que permite a captação de recursos junto a pessoas jurídicas (4% do IR sobre a alíquota de 15% do lucro real para projetos culturais). Em meados de setembro o Centro Vivo foi informado que a aprovação do projeto seria publicada no Diário Oficial da União (DOU) nos próximos dias, liberando o início da captação de recursos.
O Centro Vivo está mantendo contato com os artistas urbanos, muitos dos quais oriundos do graffiti, sugerindo como tema “Memórias de Curitiba” como ponto de partida para a produção de reflexão e reconhecimento, além de “despertar o sentimento de pertencimento à comunidade, importância do patrimônio público e a preservação da cidade em que vivemos”, conforme Iroclê Wykrota, assessora do Centro Vivo.
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